NORDESTE

No Ceará presidente Lula acompanha avanços da Transnordestina e assina ordem de serviço de ramal da transposição do São Francisco

Duas obras conectadas à melhoria da infraestrutura, da segurança hídrica e da logística para escoamento da produção brasileira foram visitadas nesta sexta-feira (5/4) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Iguatu, no Ceará. 

 

Estratégica para o transporte de grãos, minérios, fertilizantes e combustíveis, a Ferrovia Transnordestina, com 1.206 quilômetros, ligará, quando concluída, o sertão do Piauí, a partir da cidade de Eliseu Martins, ao porto de Pecém (CE), e segue com obras aceleradas. 

 

O Ramal do Salgado, obra de 36 km ligada à transposição do Rio São Francisco, vai conectar Cachoeira dos Índios, na Paraíba, a Lavras de Mangabeira, no Ceará, onde deságua no Rio Salgado. O presidente Lula assinou, na ocasião,  a Ordem de Serviço para a obra. 

 

Segurança Hídrica

 

 

Presidente Lula ao lado do governador do Ceará , Elmano Freitas e o ministro Valdez Góes, assinou a Ordem de Serviço para o Ramal de Salgado, no Ceará. Foto: Ricardo Stuckert

 

 

Além de conectar regiões historicamente carentes de recursos hídricos, o Ramal do Salgado traz uma série de benefícios para os habitantes dessas áreas. Estima-se que aproximadamente cinco milhões de pessoas em 54 municípios sejam diretamente beneficiadas com a segurança hídrica proporcionada. 

 

O alívio é de extrema importância em uma região frequentemente atingida por períodos de seca. Ao reduzir o percurso em cerca de 100 km em comparação com a derivação em Jati, a adução da água ao açude Castanhão vai trazer rapidez e eficiência da transferência de vazões.

 

Isso beneficia a Região Metropolitana de Fortaleza, maior centro urbano a ser atendido pelo Projeto da Transposição, e permite o abastecimento de cidades de médio porte, como Lavras da Mangabeira, Aurora, Cedro e Icó.

 

Ferrovia

 

A Ferrovia Transnordestina tem obras mais intensas nesse instante no trecho entre Acopiara e Quixeramobim, no Ceará. Estão sendo feitas obras de infraestrutura, como terraplanagem e drenagem, para, posteriormente, iniciar os trabalhos de superestrutura, de instalação de trilhos e dormentes. 

 

“Se depender do governo, a gente vai terminar, porque o governo vai cumprir todos os acordos firmados e não vai permitir que faltem os recursos necessários”, disse o presidente Lula,  ao visitar trecho da obra.

Presidente Lula entre os trabalhadores da obra da Transnordestina. Foto: Ricardo Stuckert

 

 

O avanço da obra nesta região deve gerar mais 1,3 mil postos de trabalho. Atualmente são 3,8 mil empregos, entre diretos e indiretos, com mais de 90% de mão de obra local.

 

Em 2025, o número pode saltar para 23.200 empregos. Em 2023 foram investidos cerca de R$269 milhões nas obras, que hoje contam com uma evolução de 61% de avanço físico.

 

De Eliseu Martins, no Piauí, até o Porto de Pecém, no Ceará, a Transnordestina terá uma extensão de mais de 1,2 mil quilômetros, passando por 53 municípios dos estados do Piauí, Ceará e Pernambuco. 

 

A ferrovia será responsável pelo transporte de grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis e minério. Boa parte dessa carga seguirá para o mercado externo. Um dos projetos prioritários do Novo PAC, a Transnordestina teve, no governo Lula, o trecho Salgueiro-Suape (PE) reinserido no PAC. Ele havia sido retirado do contrato na gestão anterior.

 

Terminais de grãos

 

A Transnordestina prevê atuar com três terminais de carga no Ceará. Eles atenderão não apenas os grandes produtores de grãos a partir do Piauí, mas também a bacia leiteira e pequenos e médios agricultores cearenses. 

 

Um dos terminais, com foco em grãos, ficará na região entre Iguatu e Quixadá. A localização dos outros dois – um para combustíveis e outro para fertilizantes – ainda será definida pela Transnordestina Logística S/A (TLSA), empresa privada do Grupo CSN, responsável pela construção e operação da Ferrovia Transnordestina.

 

Logística e infraestrutura

 

A Transnordestina é considerada estratégica para a logística do Nordeste e do país. Ela representará um novo marco no escoamento de produtos da região do Matopiba, formada pelo estado do Tocantins e partes de Maranhão, Piauí e Bahia. Vai reduzir o custo logístico e tornar os produtos brasileiros ainda mais competitivos no mercado mundial.

 

*Com informações da SECOM PR

 


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