ECONOMIA

Norte e Centro-Oeste têm o maior crescimento percentual de empresas exportadoras em 2023

As regiões Norte e Centro Oeste foram as que tiveram o maior aumento percentual de novas empresas brasileiras exportadoras em 2023, segundo estudo da Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex-MDIC), elaborado com base no porte fiscal das empresas.

 

No ano passado, o Brasil alcançou o recorde de 28.524 firmas vendendo para o exterior – total 2% superior a 2022. O relatório da Secex mapeia esse crescimento a partir do porte das empresas (micro, pequenas, médias e grandes), cruzando com informações sobre produtos exportados, destino (blocos e países) e origem (regiões e Estados).

 

No recorte regional, o maior crescimento percentual ficou com o Norte: 8,8%. Na sequência aparecem Centro-Oeste (8%), Sul (2,6%) e Sudeste (1,4%).

 

Nordeste tem queda em exportação de micro e grandes empresas

 

O Nordeste teve uma pequena queda no total (-1,6%), índice puxado pelo recuo no número de micro e grandes empresas participando do comércio exterior: -3,9% e -2,4%, respectivamente.

 

Em compensação, a região registrou o maior crescimento percentual em relação às empresas exportadoras de pequeno porte: 7,5%.

 

Já entre as empresas de grande porte, a maior alta percentual se deu no Centro-Oeste (11%); enquanto as microempresas tiveram destaque no Norte – crescimento de 10%.

 

Apesar dos crescimentos localizados, os números absolutos mostram que ainda é muito grande a concentração de firmas exportadoras nas regiões Sudeste e Sul, sendo 83,6% no caso das microempresas, 88,3% nas pequenas e 87,7% nas médias e grandes.

 

Diversificação como foco

 

Para o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, os dados reforçam a importância dos programas voltados para diversificação do perfil das empresas exportadoras, seja no aspecto regional, seja na questão de porte.

 

“É nesse sentido que lançamos no ano passado a Política Nacional da Cultura Exportadora (PNCE). A ideia é justamente elevar a participação das MPEs no mercado internacional, com mais cidades de todas as regiões exportando”, afirma.

 

“Um ponto importante a lembrar”, destaca Alckmin, “é que as MPEs exportam predominantemente produtos manufaturados, o que aumenta a qualidade e a competitividade da pauta exportadora brasileira, que é um dos objetivos centrais da Nova Indústria Brasil”.

 

Para saber mais sobre a PNCE, clique aqui.

 

Por Estado

 

O estudo da Secex mostra que, na região Norte, Rondônia foi o estado que registrou o maior aumento percentual de micro e pequenas empresas exportadoras: 38,7% e 16,1%, respectivamente. Já as empresas de médio e grande porte tiveram maior crescimento no Pará: 12,4%.

 

No Nordeste, as microempresas exportadoras cresceram 6,7% no Ceará, 4,3% na Paraíba e 2,4% no Rio Grande do Norte. Para empresas de pequeno porte, o maior aumento foi na Paraíba, com 20%. Entre as de médio e grande porte, o destaque é para Ceará a Bahia: crescimento de 1,6% e 1,4% respectivamente.

 

No Centro-Oeste, o Distrito Federal lidera em crescimento de microempresas (19,4%) voltadas para o comércio exterior. Em relação às firmas de pequeno porte, o aumento maior foi no Mato Grosso do Sul (16,7%) e no Mato Groso (14,8%). Todos os estados da região tiveram aumento percentual expressivo para empresas de grande porte: DF (16,3%), MT (10,9%), MS (9,8%) e GO (9%).

 

Na região Sudeste, o destaque foi para Minas Gerais, que liderou em crescimento percentual para todos os portes, sendo 6,1% para microempresas, 2,5% para empresas de pequeno porte e 7,1% para médias e grandes. Nessa última categoria, o Espírito Santo cresceu 3,3%, São Paulo 2,5% e Rio de Janeiro 0,3%.

 

Na região Sul, os maiores crescimentos percentuais ficaram com Santa Catarina e Paraná. O primeiro liderando entre as empresas de pequeno porte (11,3%); o segundo, entre as microempresas (3,7%). Entre as médias e grandes, os índices foram de 5,4% em Santa Catarina; 5,3% no Paraná; e 1,5% no Rio Grande do Sul.

 

Ranking geral

 

Das 28.524 firmas exportadoras de 2023, segundo o estudo da Secex, 59% são médias e grandes, 21,2% são microempresas e 18,9% são de pequeno porte.

 

Há ainda 0,8% de empesas classificadas como não mercantis, que são entidades como fundações sem fins lucrativos ou governamentais, por exemplo.

 

Os números mostram que o maior crescimento percentual em relação a 2022, por porte, ficou com as médias e grandes exportadoras: 3%. A pequenas cresceram 1% e as microempresas tiveram queda de 0,1%.

 

Entre os setores de atividade econômica, relativamente aos produtos exportados, destaque para a agropecuária, com crescimento de 7% nas empresas médias e grandes e de 4,5% nas de pequeno porte. A indústria de transformação também cresceu nesses dois universos, respectivamente 2,6% e 1%.

 

Em relação aos destinos dos produtos, a China lidera em todas as categorias, com crescimentos percentuais de 17% (pequeno porte), 9,8% (médias e grandes) e 1% (microempresas).

 

Total de empresas e de valores de exportação por região, em 2023:

 

Centro-Oeste

981 empresas exportadoras; R$ 48,8 bilhões exportados
Destaque para o Mato Grosso, com R$ 29 bi exportados

 

Nordeste

1.547 empresas exportadoras; R$ 23,7 bilhões exportados
Destaque para a Bahia, com R$ 11 bi exportados

 

Norte

1.277 empresas exportadoras; R$ 29,5 bilhões exportados
Destaque para o Pará, com R$ 22,4 bi exportados

 

Sudeste

16.714 empresas exportadoras; R$ 150,4 bilhões exportados
Destaque para São Paulo, com R$ 72,4 bi exportados

 

Sul

8.751 empresas em 2024; R$ 64,7 bilhões exportados
Destaque para o Paraná, com R$ 28,6 bi exportados

 

Acesse o estudo completo AQUI.

 

Fonte: MDIC


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