BRASIL

“A intenção do CGI foi alavancar a região NE”, diz Hartmut Glaiser sobre IGF

Pela segunda vez no Brasil 

O secretário-executivo do Comitê Gestor da Internet (CGI) no Brasil, Hartmut Glaiser, explicou porquê a IGF retornou pela segunda vez ao país. Para Glaiser, o primeiro motivo seria porque o Brasil desponta como líder internacional. Além disso, havia o desejo do país fazer um grande evento para influenciar a sua continuidade, algo que está em risco. “O Brasil quis fazer diferente. Nós convidamos para influenciar a continuação por mais dez anos. Fazendo um evento de sucesso, o último do ciclo, nós estamos influenciando para fazer outros. E eles gostaram do sucesso e certamente vão usar a nossa experiência para outros eventos mais”, comemorou. 

Como foi montar a estrutura para o IGF?
Esse evento do IGF é organizado uma vez por ano em um país diferente sob a coordenação das Nações Unidas. Aqui valem as regras da ONU. O espaço todo é entregue para a ONU e eles assumem o controle da área de forma muito rígida. São 16 soldados, entrada controlada com raio x e detector de metais e o pessoal quando entra, sai do Brasil, está em território neutro, onde valem as regras das Nações Unidas, que é um acordo internacional que todos os países assinaram, inclusive o Brasil. Para esse evento específico, o Brasil assinou um acordo como sede do evento. Então nós somos obrigados a obedecer algumas exigências da ONU (detalhamento da estrutura no início da matéria).

O que significou para João Pessoa viver o 10º IGF?
Acho que hoje ninguém em João Pessoa vai se perguntar o que é esse negócio. É um evento da ONU que todo mundo assumiu a participação. Acho que nós trouxemos mais de R$ 20 milhões para a cidade. Nossa alegria é que aquilo que é comum em SP, RJ, DF, aqui vai transformar o nordeste brasileiro, vai trazer outros eventos. A intenção do comitê gestor foi alavancar essa região. Somos todos brasileiros e queremos ver o país todo integrado. João Pessoa está de parabéns pelo que fez. Isso vai marcar não só o estado, mas todo o nordeste.


Quanto custou o evento?
Esse valor não temos ainda. Eu tenho uma estimativa, mas precisamos fazer a conta. Algumas coisas foram de última hora e tem custos indiretos. É delicado falar, mas nosso orçamento era alguma coisa na ordem de U$ 2 milhões, R$ 9 milhões.

O IGF vai continuar?
A decisão não é tomada aqui. Dentro da assembleia geral da ONU, vai haver uma reunião nos dias 15 e 16 de dezembro, em Nova York, onde vai ser decidido se continuam ou não. Nós temos a indicação que gostaram muito, enviaram observadores – porque não é este grupo que decide, mandaram políticos de outros países, e se comprometeram a fazer um relatório propondo a extensão por mais dez anos. Se isso for aprovado, em 2016 o IGF será no México. No ano que vem eles voltam para a América Latina, é a primeira vez que dois eventos consecutivos acontecem num único continente. 

Confira matérias especiais públicadas sobre o IGF 2015:

Por uma web democrática: Entenda queda de braço do Facebook, Google e governos

Com mega estrutura montada, João Pessoa realizou "melhor IGF de todos" 
 


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