BRASIL

Alcione sobre defesa do NE: ‘Se eu não respondesse, infartava’

Alcione não tem meias palavras. Aos 71 anos, a rainha do samba não segura sua voz grave para elogiar o que gosta nem para desancar o que a incomoda.

Nas últimas semanas, ela está preparando sua terceira passagem pelo Palco Sunset do Rock in Rio. Em um dos ensaios, a cantora falou com o Portal G1 sobre o que a fez levantar a voz neste período.

Na parte dos elogios rasgados, ela exalta sua companheira de show no Palco Sunset. Antes de a parceria ser fechada, Alcione já comparava a carioca Iza a uma “jogada de Pelé” ou a um “campeonato da Mangueira”. “Essa menina não é fraca”, ela resume.

Já nas notas de desaprovação, a voz de Alcione também reverberou em um vídeo em que ela critica uma fala do presidente Jair Bolsonaro. O vídeo já foi visto 2 milhões de vezes no Facebook e mais 1 milhão de vezes no Instagram.

No dia 19 de julho, durante conversa informal com o ministro Onyx Lorenzoni, Bolsonaro afirmou que daqueles “governadores de ‘paraíba’, o pior é o do Maranhão”.

No dia seguinte, o presidente disse que a fala foi uma “crítica” apenas aos aos governadores do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e da Paraíba, João Azevêdo (PSB), e não ao povo nordestino.

Mesmo assim, no mesmo dia, Alcione publicou o vídeo em suas redes sociais condenando o uso da expressão “de paraíba” e pedindo “respeito” aos nordestinos. Com expressão séria, ela vestia uma camisa com estampa da bandeira do Maranhão, seu estado natal.

Como foi aquele dia e por que ela resolveu soltar a voz? Alcione conta que acordou já cansada e tinha acabado de tomar remédio para pressão. Viu o link sobre a fala, enviado pela irmã, e ligou na hora para o assistente para gravar a resposta.

E como, depois de um tempo passado do episódio, ela avalia a enxurrada de comentários nas redes? “Acho que se eu não respondesse, eu infartava ali”, ela justifica. Ela diz que não tomou a atitude para “aparecer”, mas por sua “consciência”.

O vídeo abriu guerra de reações positivas e negativas. Foram 40 mil comentários no Instagram e 35 mil no Facebook. Ela diz não ligar para a o período de repercussão. O importante, para ela, foi desabafar. Demorei uns dois dias para ficar mais calma, mas fiquei”, ela diz.



Por G1


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