ALAGOAS

Após reunião em Maceió, governadores comentam cenário político do país

Os governadores da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), e do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), concederam entrevista falaram sobre o momento político que o país vive depois que o Senado aprovou, em votação, o afastamento da presidente Dilma Rousseff, após o encontro que contou com a presença de nove governantes dos estados do Nordeste na tarde desta quinta-feira, 19, no Hotel Ritz Lagoa da Anta.

Para Ricardo Coutinho, o impeachment sofrido pela Dilma provocou um grave ferimento na democracia, onde não houve nenhum motivo explícito de crime de responsabilidade cometido pela Dilma Rousseff.

“Nós estamos vivendo um momento muito delicado. Houve uma interrupção de um processo que ainda estava em curso. Eu jamais imaginaria que vivenciaríamos um momento como esse, onde até então não foi provado o crime de responsabilidade cometido pela presidente e isso é muito grave”, disse Ricardo.

Perguntado se o novo governo pode afetar a região Nordeste, o governador da Paraíba se esquivou em sua resposta: “Eu não posso extrapolar neste momento de incertezas políticas para poder colocar o carro na frente dos bois”.

Ainda assim, ele declarou o apoio que deu a presidente nas eleições ocorridas em 2014. “Eu votei no segundo turno das eleições na chapa Dilma e Temer, ou seja, eu votei em um projeto. Este que inclui, principalmente, um generoso programa social onde não quero ver o nordeste como problema e, sim, como solução”, concluiu.

Flávio Dino, governador do estado do Maranhão, reforçou o que Ricardo Coutinho comentou anteriormente. Segundo ele, “temos um processo no senado inconcluso onde, no nosso ponto de vista, não houve nenhuma razão para o afastamento de Dilma da presidência da república. Agora nós temos sinais muitos graves de retrocesso de conquistas históricas, o que se torna muito preocupante”, disse.

O governador ainda deu sua opinião sobre de que lado os representantes dos estados nordestinos estavam e ainda estão após o processo do impeachment no congresso e no senado.

“A nossa posição ao longo desse período ficou muito clara, visto que na maioria dos governadores do nordeste foram contrários ao processo do impeachment e não vejo uma conjuntura que leve uma alteração dessa visão. Ao contrário, acho que os fatos dessa última semana mostram que o processo de impeachment foi um equívoco, cujo preço ainda não está claro a pagar”, opinou.

Além dos nove governadores dos estados nordestinos, Flávio Dino (PCdoB/MA); Camilo Santana (CE); Wellington Dias (PT/PI); Rui Costa (PT/BA); Robinson Farias (RN); Ricardo Coutinho (PB); Paulo Câmara (PE); e Jackson Barreto (SE), também participam da reunião secretários da Fazenda dos estados, o vice-governador Luciano Barbosa e o secretário de Comunicação, Enio Lins.

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