BAHIA

Desperdício de água equivale a 40% do volume distribuído

O desperdício de água em Salvador e região metropolitana corresponde a 40% do volume distribuído. A afirmação foi feita pelo presidente da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), Rogério Cedraz, ontem durante visita ao jornal A TARDE.

Desses, 20% estão relacionados às ligações clandestinas, conhecidas como "gatos". Para o gestor, os vilões do desperdício são os lava a jato irregulares. "Cerca de mil foram identificados na capital baiana este ano. Eles causam um desperdício de água em torno de 51 milhões de litros por mês", estima Cedraz.

O custo operacional para rastrear essas irregularidades é muito alto. Quem acaba pagando a conta por esse desperdício é a população, assinalou o presidente.
"Em 2013, iniciamos uma série de fiscalizações nesses estabelecimentos. No Curralinho (Boca do Rio), por exemplo, identificamos dezenas de lava a jato. Mas, após um protesto de moradores e do apelo de boa parte da mídia (que também considerou o lado social da questão), recuamos", disse o gestor.


Buracos

Os buracos que surgem nas ruas de Salvador após a realização de obras na rede subterrânea estão relacionados com a drenagem e esgoto da via e não com o acabamento da obra, segundo Cedraz.

"Assim como as empresas de telefonia, energia, gás, etc., se houver um problema na via, temos que realizar a obra. É claro que, quando executamos esses serviços, fica a marca no asfalto. Mas não significa que a obra foi malfeita", explica Cedraz.

Segundo ele, até 2013, era a prefeitura que realizava o acabamento (recapeamento asfáltico) nas obras da rede subterrânea. Mas ficou inviável e o convênio foi desfeito. "Na maioria das vezes, a prefeitura queria recapear a rua inteira. Não há condições. É inviável. Por isso, o contrato foi desfeito", diz.

Só na capital baiana, cerca de dois mil serviços são executados diariamente pela empresa de águas, que, segundo o presidente, conta com uma equipe capacitada para realizá-los. Menos de 1% desses serviços sofre atrasos, garante o presidente do órgão.
Apesar de estar há quatro meses no cargo diretivo,

Rogério Cedraz começou a carreira como estagiário na Embasa. Ele destacou a importância de investir na eficientização dos gastos para mais realizações, com menos recursos.

 


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