BRASIL

Empresa JBS Friboi entra na mira do MP. Empresa vê acusação infundada

O empresário Joesley Batista, da J&F, que controla a JBS Friboi, acaba de entrar na mira do Ministério Público Federal. A suspeita do órgão é de que o grupo tenha favorecido o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para obter uma captação bilionária para o projeto da Eldorado Celulose, uma de suas subsidiárias.

O foco é uma operação de emissão de debêntures (títulos da dívida) de quase R$ 1 bilhão em 2012 por meio do fundo FI-FGTS, administrado pela Caixa Econômica. As investigações apuram se Cunha usava de sua influência para que bancos públicos e fundos de investimento investissem em papéis de empresas privadas, recebendo em troca propina dessas companhias, paga por meio de 'laranjas'.

Conforme aponta reportagem desta sexta-feira no jornal O Estado de S. Paulo, a PGR apura se Cunha recebeu propina da J&F Investimentos e do Grupo Bertin, conglomerado que atua em diversas áreas. Por meio de nota enviada ao 247, a J&F afirmou que suas empresas "estão sendo vítimas de acusações infundadas e sem qualquer tipo de comprovação".

"A J&F e nenhuma de suas empresas controladas nunca solicitaram e nunca foram beneficiadas ou favorecidas por políticos ou qualquer outra pessoa para obter recursos financeiros, sejam em bancos públicos ou privados. A tentativa de novamente caluniar e difamar o grupo ou qualquer uma de suas empresas, usando veículos de comunicação, é lamentável e passível de ações judiciais, uma vez que atitudes como essas podem causar prejuízos às empresas, especialmente aquelas listadas em bolsa", respondeu ainda a empresa.

Leia abaixo a íntegra da nota:

Mais uma vez a J&F e algumas de suas empresas estão sendo vítimas de acusações infundadas e sem qualquer tipo de comprovação. A J&F e nenhuma de suas empresas controladas nunca solicitaram e nunca foram beneficiadas ou favorecidas por políticos ou qualquer outra pessoa para obter recursos financeiros, sejam em bancos públicos ou privados. A tentativa de novamente caluniar e difamar o grupo ou qualquer uma de suas empresas, usando veículos de comunicação, é lamentável e passível de ações judiciais, uma vez que atitudes como essas podem causar prejuízos às empresas, especialmente aquelas listadas em bolsa.

A J&F e suas empresas desconhecem o processo de investigação da Procuradoria Geral da República (PGR). O grupo só conhece o processo por meio da imprensa e sabe-se que a investigação foi declarada sigilosa pelo ministro-relator do caso no Supremo Tribunal Federal.

A captação da Eldorado Brasil, controlada pelo Grupo J&F, de aproximadamente R$ 1 bilhão em 2012 junto ao FI-FGTS, que financia empresas de todo o país nos segmentos de infraestrutura, energia e saneamento, seguiu todos os procedimentos legais. Os recursos foram captados por meio da emissão de títulos de dívida da Eldorado, adquiridos pelo fundo de investimento, dentro de regras e remunerações de mercado.

Sobre o pagamento à Viscaya, de Lúcio Funaro, o empresário foi contratado durante a negociação entre a família Batista, controladora da J&F, e a Família Bertin, para intermediar a saída da Família Bertin da holding J&F. Além disso, o senhor Lúcio Funaro havia sido contratado pela Jandele, controladora da Big Frango, para promover a venda da empresa. Em 2014, a JBS, outra companhia controlada pela J&F, adquiriu a Jandele, assumindo suas dívidas.

A JBS nunca emitiu debêntures em favor da Caixa Econômica Federal no valor de R$ 500 milhões. É absurda a tentativa de relacionar a companhia a um possível favorecimento do atual ministro Henrique Eduardo Alves junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), fato que nunca ocorreu.

Por fim, é falsa a afirmação de que houve uma reunião no dia 2 de agosto de 2013 entre o empresário Joesley Batista, André Esteves e Eduardo Cunha.


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