PERNAMBUCO

Estado tem primeira morte do ano relacionada à H3N2

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou nesta quinta-feira, o primeiro caso de morte do ano relacionada à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). De acordo com a gerente de Prevenção de Doenças Imunopreveníveis da SES, Ana Antunes, a idosa sofria de comorbidade, doença crônica que pode ter agravado o quadro gripal causado pelo vírus H3N2, que tem predominado no estado. A paciente faleceu no Recife, no mês de abril passado.

Ainda de acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje, Pernambuco já registra um aumento de 22% no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) quando comparado com o mesmo período de 2016. Até o dia 22 de abril foram registrados 537 casos da síndrome, que é caracterizada pela internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado à dispneia ou desconforto respiratório. Em 2016, foram 439 ocorrências.

"Este ano, foi identificado um aumento de casos de influenza antes do período esperado e, com essa época de chuvas, precisamos ficar ainda mais atentos às ocorrências. O predomínio de casos tem sido da influenza A(H3N2) com evolução leve dos quadros. Mas as pessoas que fazem parte do grupo de maior risco para o agravamento precisam ser vacinadas", acrescenta Ana Antunes.

Diferente do ano passado, que a maioria dos pacientes teve resultado laboratorial positivo para a influenza A(H1N1)- 56, com 15 mortes, agora, as ocorrências estão associadas a outro tipo de influenza, a A(H3N2), com uma morte. Ambos os tipos, além da influenza B, fazem parte da composição da vacina contra a influenza, que está disponível nos postos de saúde para os grupos prioritários e que terá seu Dia D neste sábado.

Até o momento, 511.496 pessoas (21,9%) já foram imunizadas, de um total de mais de 2,3 milhões de pernambucanos.A coordenadora do Programa Estadual de Imunização da SES, Ana Catarina de Melo, reforça que o Estado tem encaminhado as doses da vacina para todos os municípios pernambucanos.

Em Pernambuco, mais de 2,3 milhões de pessoas fazem parte dos grupos prioritários para a vacinação contra a influenza, formados por idosos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), indígenas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, professores dos ensinos básico e superior de escolas públicas e privadas e profissionais de saúde.

Em doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro. As pessoas com história de alergia a ovo, que apresentem apenas urticária após a exposição, podem receber a vacina da influenza mediante adoção de medidas de segurança. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores bem como a qualquer componente da vacina ou alergia comprovada grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.

A influenza é uma doença viral, que pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais).

Confira algumas medidas de prevenção devem ser adotadas por toda a população:

– Cobrir o nariz e a boca com lenço, ao tossir ou espirrar, e descartar o lenço no lixo após uso.
– Lavar as mãos com água e sabão após tossir ou espirrar.
– No caso de não haver disponibilidade de água e sabão, usar álcool gel.
– Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
– Evitar contato próximo com pessoas doentes.

Diário de Pernambuco


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