CEARÁ

Falha em subestação causa falta de energia por mais de uma hora em Fortaleza

No horário em que os fortalezenses voltavam para casa no fim da tarde de ontem, a Cidade, por mais de uma hora – a depender da localidade -, ficou sem energia. O apagão afetou diversos bairros e também pontos da região metropolitana. Os transtornos se acumularam no trânsito e em diversos serviços. As causas do problema, de acordo com a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), ainda vão ser apuradas.

 

A Companhia Energética do Ceará (Coelce), em nota, informou que falha em subestação da Chesf causou a interrupção no fornecimento de energia. De acordo com a Chesf, às 17h08min ocorreu a interrupção com origem na subestação Fortaleza II, considerada a principal unidade responsável pela transmissão de energia para a rede da Coelce. Às 17h57min, a Chesf diz ter iniciado o restabelecimento das cargas. Em alguns bairros, segundo relatos, o serviço só foi normalizado depois das 20 horas.

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O diretor técnico da Coelce, José Távora Batista, diz que três subestações da Chesf responsáveis pelo fornecimento de energia para a Capital foram afetadas: Delmiro Gouveia, Fortaleza II e Pici. “Pode ter começado em uma das subestações e repercutido nas outras, pela quantidade de potência perdida”, informa. Ele indica que 1,2 milhão de consumidores da Capital foram atingidos. Conforme o diretor, uma falha com este perfil, que configura uma “ocorrência muito complexa”, pode causar alguns danos aos equipamentos da Coelce.


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional, apontou que o caso será apurado durante a semana. O ONS informou que as duas principais envolvidas no apagão são Coelce, responsável pela distribuição, e Chesf, responsável pela geração. Porém, proprietários de linhas também podem ser chamados para uma reunião na sede do ONS.


Depois, o operador deve fazer um relatório para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que vai decidir se as empresas serão multadas ou advertidas. Ainda conforme o ONS, as linhas que abastecem Fortaleza terminam na subestação da Chesf. A interrupção foi de 800 megawatts.


Além de Fortaleza, internautas também relataram queda e oscilação de energia em alguns pontos da região metropolitana, como Maracanaú e Eusébio, além da região do Maciço de Baturité. No último dia 7 de março, um apagão atingiu a região metropolitana e a Região Norte do Ceará, também por falha na subestação Fortaleza II. (colaborou Sara Oliveira)

 

Saiba mais

No Instituto Doutor José Frota (IJF), segundo a chefia de segurança, a UTI e o centro cirúrgico funcionaram normalmente, além dos elevadores. No entorno, houve congestionamentos. No Hospital Geral de Fortaleza (HGF), a energia também foi mantida por meio de gerador.


Motoristas de ambulâncias do Samu relataram dificuldade para se locomover por problemas nos semáforos.


A Ciops teve falhas na comunicação. Os sistemas nas delegacias de Polícia Civil ficaram sem funcionamento, conforme funcionários.


No Aeroporto Pinto Martins, segundo a assessoria da Infraero, os serviços essenciais, como check-in, ponte de embarque, sistema informativo de voo e o balizamento (sistema de iluminação) da pista, foram mantidos por meio dos geradores. Já ar-condicionado, escadas rolantes e elevadores apresentaram problemas.


Internautas relataram que serviços de telefonia e banda larga foram prejudicados. A Oi informou que “falhas pontuais” podem ter acontecido. Conforme a Claro, o apagão “pode ter ocasionado dificuldade no acesso” aos serviços.

O Povo 


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