BRASIL

Fiocruz afirma que microcefalia é o maior problema de Saúde Pública do Brasil

Anualmente, até 2014, o Brasil registrava entre 100 a 200 casos de microcefalia em recém nascidos. Entre agosto e dezembro de 2015, o Ministério da Saúde assinalou mais de 2 mil casos de microcefalia. O crescimento abrupto deve-se ao Zika Vírus, transmitido pelo mosquito da espécie Aedes aegypti, que também transmite a dengue a chikungunya.

A Revista NORDESTE conversou com o vice-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Valcler Rangel Fernandes, e ele alertou que este fenômeno é o maior problema de Saúde Pública já enfrentado no Brasil.

“A nossa perspectiva é fazer um esforço que não é só nosso, 'e um esforço patriótico, para desenvolver soluções diagnósticas, a principio.
Hoje nós não temos noção qual é a circulação desse vírus no Brasil, temos poucos de chikungunya e temos mais de dengue. Mas precisamos espalhar, dar capilaridade para condição de fazer diagnóstico, sorológico, de identificação do vírus na população brasileira. Talvez partindo para inquérito sorológico, para aprender de onde que esse vírus está circulando, qual é a característica desse vírus e porque que ele ta provocando isso. Essa é a principal pesquisa que está sendo desenvolvida.
Eu não quero alcunhar de epidemia. Nós temos o maior problema de Saúde Pública, provavelmente, dos últimos 100 anos no Brasil. Esse é o maior problema de Saúde Pública que enfrentamos. Em 1953, tivemos 563 crianças com poliomielite e isso gerou uma revolução na Saúde Pública. Vendo o número de crianças atingidas pela AIDS, por transmissão vertical. Certamente, até o final do ano devemos ter mais de 2 mil crianças e não vai se comparar a nenhum número de crianças atingidas por qualquer doença em um período tão curto na história, talvez do mundo. Portanto, nós hoje, salvo engano, podemos dizer que esse é o maior problema da população brasileira, não só de Saúde, para gerações futuras na história do país”.

A Revista Nordeste, com a matéria "Problema de Saúde Pública Número 1", já está nas bancas.

O artigo também pode ser lido na versão online da edição 109 da Revista NORDESTE
 


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