BRASIL

Governo força oposição a estudar estratégia para a CPI da Petrobras

Depois de alcançar as assinaturas suficientes para a instauração da CPI da Petrobras, os parlamentares envolvidos na criação da comissão se reúnem na terça-feira para discutir os próximos passos. Hoje, a tendência é unir deputados e senadores em uma comissão mista. No entanto, a estratégia pode mudar. O principal argumento é que o governo prefere esta opção. Existe a avaliação de que o que é bom para governo não é a melhor alternativa para a oposição. E o trabalho de colher assinaturas foi feito basicamente pelos opositores. Vão participar da conversa os líderes na Câmara e no Senado e os presidentes nacionais do PPS, DEM, PSDB e Solidariedade. No começo, o governo atuou contra a CPI, mas foi afrouxando a sua posição durante a semana.

O maior temor dos oposicionistas é que a base de apoio de Dilma consiga conquistar os principais postos dentro da comissão e, assim, conduza os trabalhos conforme os interesses do governo. Existem dúvidas entre os líderes oposicionistas se não haverá problemas para unificar os pedidos de instalação da CPI na Câmara e no Senado, pois há diferenças no objeto. O texto apresentado pelos deputados é menos amplo: não inclui, por exemplo, a investigação sobre a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Já há inclusive quem defenda a necessidade de colher as assinaturas novamente. Líder do PPS na Câmara, o deputado Rubens Bueno (PR) não acredita que isso seja necessário. Ele é um dos defensores do trabalho conjunto com os senadores. Para ele, a comissão mista tem mais força por representar todo o Congresso Nacional.

Com Graça

Para o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), a entrevista da presidente da Petrobras, Graça Foster, ao jornal O Globo reforçou a necessidade de uma CPI. Na avaliação dele, Graça demonstrou em suas declarações que “o ambiente de governança da empresa é bastante frágil”.

Zeca Dirceu diz que apoia Dilma

Em resposta à nota sobre o movimento “volta Lula” dentro da bancada do PT na Câmara, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), por meio de sua assessoria, diz que nunca se manifestou em favor da candidatura de Lula à Presidência da República em 2014. Filho do ex-ministro José Dirceu, o parlamentar afirma que defende a reeleição da presidente Dilma Rousseff, baseado inclusive nas manifestações públicas do ex-presidente de apoio ao nome de sua sucessora.

Emenda inicia fiscalização do Ecad neste ano

A deputada Jandira Feghali (RJ), líder do PCdoB na Câmara, conseguiu a aprovação de uma emenda de sua autoria que antecipa para este ano a criação de um órgão fiscalizador do Ecad dentro do Ministério da Cultura. Responsável pela arrecadação de direitos autorais para compositores, o Ecad é alvo de denúncias de irregularidades e críticas de artistas.

Deputados gastam R$ 6,5 mi para voar

A Assembleia Legislativa do Amazonas contratou quatro empresas de táxi aéreo para fazer o transporte dos deputados para o interior. Pelo serviço, que inclui 1.134 horas de voo e 372 pernoites, as vencedoras da licitação vão receber R$ 6,5 milhões. O valor é 71% maior do que os gastos feitos no ano passado com o transporte aéreo dos parlamentares. Os contratos incluem o uso de aviões e hidroaviões monomotores, bimotores e até jato. Com grandes dimensões, o Amazonas tem diversas regiões que são acessíveis apenas por rios ou transporte aéreo. Os deputados intensificam suas agendas no interior do Estado no período eleitoral.

Fernando Collor, senador (PTB-AL) e ex-presidente, sobre as necessidades do país em energia e transporte: “Se antes as precárias condições de nossa infraestrutura eram amainadas pela baixa demanda, hoje não há mais como escondê-las”

(do site iG)


Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Recomendamos pra você


Receba Notícias no WhatsApp