BRASIL

Maluf: ‘Ciro perdeu condições morais de presidir o PP’

O deputado federal e ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP) defendeu neste domingo, 8, o afastamento do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, do comando do partido, após o Supremo Tribunal Federal divulgar que a lista de investigados no esquema de corrupção na Petrobras traz 30 integrantes do PP.

"Quem fez tem que pagar. Acho que quem perdeu as condições morais de ser presidente do partido é o Ciro Nogueira. Ele tem que se licenciar", afirmou Maluf. Na lista de investigados recomendada ao Supremo pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, constam 18 dos 40 deputados da bancada pepista na Câmara (45%) e três dos cinco senadores do partido (60%), além de ex-parlamentares e um vice-governador.

Apesar do número expressivo de parlamentares que serão investigados, Paulo Maluf garante o escândalo não mancha a imagem da sigla e muito menos a dele. "Está provado e comprovado que nesta operação não tenho nada. Sou um homem correto", afirmou.

"O partido não sai machucado porque tem um, dois, três ou cinco membros que eventualmente cometam um ilícito. Seria como você condenar todos os engenheiros porque a estação de metrô do Serra caiu", disse em alusão ao acidente na obra da linha amarela do metrô paulistano ocorrido em 2007, quando o hoje senador José Serra (PSDB-SP) era governador de São Paulo.

"A imagem do partido continua ótima porque precisa provar que os 30 são culpados. O partido é uma pessoa jurídica. Você não pode generalizar. O partido como partido continua o melhor partido do mundo. Tanto que estou nele há 48 anos", disse Maluf.


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