Ministro conhece novo Plano de Desenvolvimento do Nordeste em elaboração pela SUDENE com 6 Eixos

 

Ainda repercute em Brasilia e Recife o encontro da equipe técnica da SUDENE com o ministro Gustavo Canuto conhecendo preliminarmente a estratégia, eixos, desafios, projetos e modelos de financiamento propostos no Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), que vem sendo construído com as contribuições de diversos atores ligados ao desenvolvimento regional.

A reunião contou com a presença do superintendente Mário Gordilho, que aliás tem visitado os estados da área de atuação da Autarquia ouvindo sugestões a serem incorporadas ao plano regional.

COMO FOI – A versão preliminar do PRDNE foi apresentada por Renato Oliveira (engenheiro) e Robson Brandão (geógrafo), ambos da Diretoria de Planejamento e Articulação de Políticas da Sudene.

Para garantir a segurança hídrica, o plano aponta para a necessidade de garantir o pleno funcionamento do projeto de integração do Rio São Francisco com as bacias do NE Setentrional (PISF); aumentar a oferta de água através de fontes não convencionais (reuso e dessalinização); promover o manejo sustentável dos recursos naturais, entre outras ações. As ações desse eixo se baseiam no Plano Nacional de Segurança Hídrica.

Os desafios na área de ciência, tecnologia e inovação incluem aproximar a base científica regional aos padrões internacionais; ampliar a inserção dos jovens e alavancar iniciativas de criação de valor com base no empreendedorismo e na inovação; consolidar e ampliar o Sistema Regional de CT&I.

O eixo econômico busca dar densidade à estrutura produtiva sustentável no amplo espaço Semiárido; enfrentar o baixo nível de qualificação profissional; superar entraves que dificultam o avanço da ampla e diferenciada base da agricultura familiar; e aproveitar o grande potencial de energias renováveis da região.

PARTE SOCIAL – Para vencer os gargalos da área social, a Sudene vai apostar em ações que superem os baixos índices educacionais; reduzam o percentual de jovens que não trabalham e não estudam; consolidem e aperfeiçoem políticas públicas que resultem em redução significativa da miséria e na melhoria das condições sociais dos mais pobres.

Um macroprojeto da educação, previsto no plano, se refere às competências humanas da Região e prevê a valorização do ensino de ciências na educação básica; ampliação da rede da primeira infância e da escolaridade do ensino médio; melhoria da qualidade do ensino médio e do ensino profissional, com ampliação das escolas em tempo integral. A formação empreendedora dos jovens (nível médio e superior) também mereceu destaque.

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Foto: Ascom (Sudene)

Gestão eficiente – A modernização da gestão pública e o fortalecimento institucional também estão previstos no plano e para materializar esses objetivos a ideia é recuperar a importância estratégica das instituições de planejamento regional; construir agendas de pactuação política que fortaleçam a governança regional; garantir a eficiência e eficácia dos modelos de financiamento existentes, em consonância com as demandas dos planos regionais; construir e implementar novos modelos de financiamento.

ABORDAGEM TERRITORIAL – Está destacado no plano que “a Sudene tem como proposta de abordagem territorial a utilização das regiões geográficas intermediárias do IBGE como quadro de referência.

Segundo o documento, o objetivo é fortalecer as cidades nordestinas, sobretudo aquelas situadas na base da rede urbana, e aquelas de articulação intermediária, como tentativa à desconcentração e à interiorização do desenvolvimento regional a partir da consolidação e fortalecimento de uma rede policêntrica”.

REPERCUSSÃO – O ministro considera que o plano é um primeiro passo para “sair de uma gestão de reatividade para uma gestão planejada, que tenha um norte”.

Para Canuto, o desenvolvimento do Brasil não pode ser pensado sem o desenvolvimento do Nordeste, que, segundo o gestor, é uma região com “potencial gigantesco”, subaproveitado em muitos aspectos. “Temos que olhar o Brasil de forma regionalizada”, enfatizou.

Também participaram da reunião o assessor especial do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações/MCTIC, Maximiliano Martinhão Salvadore; secretária Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Adriana Melo; e João Mendes, diretor do Departamento de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR.

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Foto: Ascom (Sudene)

Mais sobre o PRDNE – O Plano Regional está dividido em seis eixos estratégicos: Ciência, Tecnologia e Inovação; Desenvolvimento Econômico; Educação; Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Desenvolvimento Social; e Governança Institucional e Financiamento.

– Levando em consideração o cenário atual, o PRDNE vai se basear em dois pilares, considerados como novos paradigmas de desenvolvimento: a sustentabilidade e a revolução científica e tecnológica.

– A inovação é, portanto, a proposta estratégica do plano, que vai valorizar o que o Nordeste tem de positivo para a economia do século XXI e enfrentar as heranças acumuladas no século XX.

– A Sudene está contando com a colaboração de consultores para a elaboração do Plano Regional, através de profissionais contratados por intermédio de um acordo de cooperação técnica celebrado entre a superintendência e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD – Brasil).

 


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