PERNAMBUCO

Novos medicamentos contra hepatite C começam a ser distribuídos no estado

A partir desta quinta-feira (17), 409 pacientes começam a receber os novos medicamentos para o tratamento da hepatite C. Os remédios começam a ser distribuídos para as pessoas que fazem parte do primeiro grupo beneficiado com as novas fórmulas compradas no exterior pelo governo federal. O novo tratamento dobra as chances de cura em relação à terapia convencional, além de ter menos efeitos colaterais.

Para marcar esse avanço na saúde pública, o secretário de Saúde, Iran Costa, visitou o Instituto do Fígado de Pernambuco, onde foi feita a entrega do medicamento a pacientes. A presidente do Instituto, Leila Beltrão, diz que o tratamento vai mudar a história natural da hepatite C. "Até o ano passado, nós tínhamos um medicamento que fazia a cura desses pacientes em torno de 30% a 40% e era injetável. Hoje a medicação é inteiramente oral, que precisa ser tomada por um período muito mais curto e é administrado por via oral", diz. Leila explica que a doença é assintomática e pode matar.

Os novos medicamentos, sofosbuvir, daclatasvir e simeprevir, são fabricados no Canadá, Estados Unidos e Holanda e foram adquiridos pelo Ministério da Saúde. Eles serão disponibilizados aos pacientes pela Farmácia de Pernambuco, programa de medicamentos excepcionais e de alto custo do Governo do estado.

As medicações vão beneficiar pacientes que não podiam receber os tratamentos ofertados anteriormente – entre eles, os portadores de coinfecção com o HIV e cirrose descompensada, pré e pós-transplantados e pacientes com má resposta à terapia com interferon, ou que não se curaram com terapia prévia.

De acordo com o Ministério da Saúde, os novos medicamentos dobram as chances de cura da hepatite em relação ao tratamento até agora aplicado, que incluía a injeção de remédios com efeito colateral. No modelo convencional, as chances de cura variam de 40% a 47%, após tratamento realizado entre 48 e 52 semanas. Já a nova terapia, via oral, tem um período de cura entre 12 e 24 semanas.

Em 2014, foram registrados 387 casos em Pernambuco. Neste ano, já são 112 confirmados e 129 em investigação.

JC Online
 


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