BRASIL

Paulo Câmara diz que Impeachment não tem legitimidade

Mais um político de peso se posicionou contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, da forma como ele vem sendo conduzido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Desta vez, quem se levantou contra a iniciativa foi o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, em entrevista ao jornalista Pedro Venceslau (leia aqui), publicada no Estado de S. Paulo.

 

"Eu fui dos signatários de uma carta que foi vendida como sendo de defesa do governo Dilma, mas não era. Eu e o governador (Rodrigo) Rollemberg (DF) não defendemos o governo, mas as instituições. O que questionamos nesse momento é a forma como o processo está sendo conduzido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele começou o processo na base da chantagem e não tem legitimidade para conduzir o impeachment", afirmou.

 

Câmara disse, no entanto, que o PSB ainda não tem posição fechada sobre a questão. "O PSB decidirá isso em algum momento na comissão que avaliará o caso. A comissão (especial do impeachment) é inclusive formada por dois pernambucanos: os deputados Fernando Filho e Tadeu Alencar. Eu estou convencido que se trata de um processo político. A executiva nacional se reunirá com os membros do partido na comissão. Vou seguir a orientação que os deputados indicarem. Mas eu enfatizo: da maneira como o processo está sendo levado pelo Eduardo Cunha ele está fadado a não ter legitimidade."

 

Alckmin no PSB

 

O governador pernambucano também falou sobre a possível ida de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, para o PSB, que lhe daria legenda para disputar a presidência da República, em 2018. "O PSB é aliado do PSDB em São Paulo. Tenho muito respeito pelo governador Alckmin, mas a vinda dele para o partido é uma discussão maior e que ainda não foi feita no partido. Qualquer um que ingresse no nosso partido tem que estar alinhado com o nosso programa, e não o contrário. De qualquer forma, o Geraldo tem, hoje, mais convergência com o pensamento do PSB do que divergências."

 

Em outro ponto da entrevista, ele defendeu a recriação da CPMF, o 'imposto do cheque'. "A CMPF é o único instrumento que está na mesa para ajudar os Estados, municípios e a União a fechar as suas contas. Diante de um cenário onde não há alternativas, os governadores vão encontrar na CPMF a única opção."


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