BRASIL

Revista NORDESTE: Economia de Pernambuco ameaçada pela crise

A economia do estado de Pernambuco é destaquer na 116ª edição de Revista NORDESTE. Uma das maiores economias da região, Pernambuco passa por dificuldades em tempo de crise.

Pernambuco, um dos motores ameaçados

Estado enfrenta uma nova realidade de retração, embora seja um dos ícones econômicos do Nordeste

Por PAULO DANTAS

A economia de Pernambuco tem demonstrado estabilidade no setor industrial, declínio da agropecuária e o constante aumento relativo do setor de serviços no período durante o período de 2010 e 2013. Das 18 atividades econômicas que compõem o PIB de Pernambuco, apenas quatro apresentaram redução nos últimos anos – a agricultura (-27,5%) e a pecuária (-5,8%) no setor primário, a indústria de transformação (-0,7%) no setor industrial, e os serviços domésticos (-3,7%), no terciário.

As informações são do IBGE e da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa de Pernambuco (Condepe/Fidem). A agência é responsável pelo Planejamento, Estudos, Pesquisas e Articulação, voltado para a implementação de uma política de desenvolvimento local e regional no Estado de Pernambuco.

Os impactos negativos da recente seca que atingiu o estado foram mais fortes sobre a agricultura do que sobre a pecuária. No que se refere ao setor industrial houve expressivo crescimento na construção civil (24,2%), entre 2010 e 2013, em virtude de fortes investimentos estruturantes, das obras públicas de infraestrutura e da construção imobiliária. Nos chamados “serviços industriais de utilidade pública” (Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação) o desempenho também foi positivo 13,3%. A indústria de transformação sofreu uma pequena redução no período (-0,7%) e isto pode ser explicado pela crise que atingiu a indústria nacional desde 2011, sendo as atividades da “nova” indústria em implantação no estado insuficientes para contrabalançar os resultados da indústria pré-existente. Em relação ao setor de serviços, observa-se o expressivo crescimento das atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (31,9%), de transporte, armazenagem e correios (23,7%) e de alojamento e alimentação (21,2%).

Já no período que compreende 2014-15 o PIB do estado teve queda de 2,4% para menos 3,5%. Dados preliminares apontam crescimento apenas do setor agropecuário de 3% (2014) para 5% em 2015. Em todos os demais setores houve queda. Indústria teve a queda mais acentuada, de 0,3% para menos 6,6%. No setor de Serviços a queda foi de 2,8% para menos 2,7%.  

O desempenho da Agropecuária e da agricultura familiar

Na agropecuária em 2014 destacaram-se os incrementos nas lavouras temporárias de milho, feijão e cana-de-açúcar e nas lavouras permanentes de uva, manga e banana. O bom desempenho da Agropecuária, em 2015, que cresceu 5,0%, quando comparada a 2014, aconteceu graças ao bom desempenho da pecuária e da agricultura. A pecuária apresentou crescimento de 6,9%, especialmente devido ao aumento na produção de ovos e leite. A agricultura teve crescimento de 4,3%, apesar das lavouras permanentes terem reduzido em 1,2%, influenciadas pela queda na produção de banana, coco-da-baía e maracujá, que não foi contrabalançada pelo desempenho positivo da manga e da uva. Nas lavouras temporárias (8,7%), destacaram-se o crescimento da produção da cana-de-açúcar e da mandioca.

Em Pernambuco prevalece a agricultura familiar. São mais de 270 mil estabelecimentos de base familiar, que respondem por mais de 70% dos alimentos produzidos no Estado. Apesar dos efeitos danosos da estiagem na produção agropecuária, dados da Condepe/Fidem apontam para um cenário de recuperação do setor com perspectivas positivas para o agronegócio em 2016, 2017 e 2018. Enquanto todos os setores da economia pernambucana sofreram retração em 2015, a Agropecuária, que corresponde a 3% do PIB do Estado, cresceu 5,0%, quando comparada a 2014.

Nas lavouras temporárias que registraram expressiva elevação de 8,7%, destacaram-se no crescimento da produção da mandioca e a cana-de-açúcar. Esta última cultura, tradicional das Zonas da Mata Sul e Norte, recebeu apoio do Governo de Pernambuco em 2015 que possibilitou a reabertura das usinas Cruangi, Pumaty e Pedroza, arrendadas à Cooperativas de produtores, gerando mais de 30 mil empregos e a garantia do beneficiamento da cana em Pernambuco.

A Agricultura apresentou crescimento de 4,3%, apesar das lavouras permanentes terem sofrido redução de 1,2%, influenciadas pela queda na produção de banana, coco-da-baía e maracujá, que não foi contrabalançada pelo desempenho positivo da manga e da uva, principais produtos da fruticultura irrigada que é de fundamental importância para o agronegócio pernambucano. 

Maior produtor de uva de mesa e manga

O Vale do São Francisco responde por 99% da uva de mesa e 79% da manga exportadas pelo Brasil. O setor tem mantido um faturamento anual estável nos últimos anos, sempre superior a R$ 2 bilhões, e gera mais 250 mil empregos diretos.

O inhame é outra cultura significativa para Pernambuco, que é o segundo maior produtor do Brasil. São 25 mil toneladas por ano em área irrigada nos municípios de Bonito, Barra de Guabiraba, Camocim de São Félix, São Joaquim do Monte, no Agreste Central. Para fortalecer o setor, o Estado editou uma portaria que possibilitou a liberação de recursos, principalmente oriundos do Pronaf, da ordem de R$ 40 milhões.

Em mais uma iniciativa de interiorizar o desenvolvimento e fortalecer a agropecuária, o Governo estadual em parceria com o Banco Mundial criou o Programa Pernambuco Rural Sustentável que mapeou e elaborou 47 planos territoriais das redes produtivas em todo o estado, focando na vocação econômica dos territórios. Cada plano consiste na proposição, apoio técnico e execução de ações nas seguintes atividades: bovinocultura de leite, caprinovinocultura de corte, mandiocultura, apicultura e meliponicultura, horticultura agroecológica, fruticultura, piscicultura, caprinocultura de leite, pesca artesanal, caprinovinocultura de leite e corte, turismo rural, feijão, raízes e tubérculos, artesanato, grãos e avicultura.

Seca atinge o setor

Apesar da recessão e da estiagem, o estado tem investido em programas como o de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Leite de Todos, distribuindo alimentos e leite. Mais de 250 mil pessoas foram beneficiadas. As ações vão desde a execução de obras hídricas, concessão de incentivos e captação de recursos junto a organismos internacionais como o Fundo Internacional de Desenvolvimento da Agricultura (FIDA), instituição ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), que vai investir U$ 40 milhões em projetos voltados a agricultura familiar do Agreste e Zona da Mata.

Somando todos os convênios e recursos destinados à Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (SARA) e suas empresas vinculadas: Adagro, IPA, Iterpe e ProRural, o Governo investiu, em 2015, o montante de R$ 163 milhões em obras hídricas, programas e ações. Só no ano passado, oito mil títulos de acesso à terra foram entregues garantindo segurança jurídica e acesso a políticas públicas e financiamento; 55 mil agricultores receberam assistência técnica; 505 poços foram perfurados; 50 barragens construídas/recuperadas; 24 sistemas de abastecimento de água implantados, 6,5 mil cisternas para consumo humano e mais 2,6 mil de caráter produtivo foram instaladas.

Em relação aos rebanhos, a pecuária apresentou crescimento de 6,9% no PIB do Estado em 2015, especialmente devido ao aumento na produção de ovos e leite, demonstrando que o setor também está em processo de recuperação. O destaque é para a Avicultura que tem se consolidado como setor produtivo promissor, gerando mais de 150 mil empregos (diretos e indiretos), com 1.476 produtores no Estado, que é o 5º maior produtor de ovos e o 8º de cortes de frango, com uma produção de 5,7 milhões de ovos/dia e de 13,5 milhões de frangos/mês.

A pecuária, que sofreu com a falta de chuva, mantém produtividade estável desde 2013. No pico da estiagem, em 2012, o rebanho bovino era de 2,5 milhões de cabeças e mantém a média de 1,9 milhões de animais. O reflexo na bacia leiteira foi ainda mais severo, a produção caiu de 2,5 milhões de litros de leite/dia para 700 mil. No entanto, a produtividade registra curva ascendente e, atualmente, a bacia leiteira produz 1,8 milhões de litros/dia.

Em números absolutos o maior rebanho é de ovinos e caprinos. Com 4 milhões de animais é o terceiro do Nordeste. Para apoiar o setor, a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, por meio do IPA, vai lançar no segundo semestre de 2016 o Macroprograma de Apoio à criação de Pequenos Animais que tem como principal meta elevar a produtividade na caprinocultura e ovinocultura, aumentando a renda familiar, competitividade de mercado e inclusão social.
As ações contemplam capacitação de técnicos e agricultores, escrituração e controle zootécnico, melhoramento genético, produção e conservação de alimentos e sanidade animal. A meta é aumentar em 50% a produtividade média de leite de cabra/dia, em 30% o número médio de partos por matriz(cabra/ovelha)/ano.

O impacto da recessão já em 2015 

A produção industrial de Pernambuco cresceu 1,3% no ano de 2014, de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE. A maior contribuição positiva sobre o total da indústria foi apontada pelo setor de produtos alimentícios (8,9%), impulsionado, principalmente, pelo aumento na produção de açúcar refinado, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de aves, açúcar VHP e sorvetes, picolés e produtos gelados comestíveis. Também se destacam os impactos positivos registrados por bebidas (3,5%) e celulose, papel e produtos de papel (8,0%), explicados especialmente pela maior fabricação de cervejas e chope, no primeiro ramo; e de sacos, sacolas e bolsas de papel e caixas de papelão ondulado ou corrugado, no último.

Em 2015 a Indústria apresentou queda de 6,6. A indústria de transformação registrou a menor queda, 2,3%. Esse comportamento foi influenciado, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF/IBGE), graças à contribuição observada no ramo de produtos alimentícios (9,7%), impulsionado, em grande parte, pelo aumento na fabricação de açúcar e de produtos da indústria de carnes e derivados. Em sentido contrário, as maiores quedas foram observadas na produção de equipamentos de transporte (-26,7%) pela menor produção de embarcações para transporte (inclusive plataformas); de bebidas (-12,7%) pela queda na produção de cervejas, chope e aguardente de cana-de-açúcar; de produtos de metal (-18,1%), como estruturas de ferro e aço, latas para embalagem de produtos diversos, esquadrias de alumínio e telas metálicas; de metalurgia (-10,5%), de outros produtos químicos (-6,3%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,9). Outro segmento que influenciou no desempenho negativo da Indústria foi o da construção civil, com um decrescimento de 11,8%, revelando o aprofundamento recessivo sobre essa atividade, que contribuíram para a descontinuidade tanto de investimentos privados na construção imobiliária, como de investimentos públicos em infraestrutura. Também contribuiu para este desempenho a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, com registro de -5,0%, influenciado principalmente pela queda na geração de energia térmica.

Desconfiança com economia acarreta queda em Serviços

A variação das vendas do comércio, incluindo aí as atividades de Veículos e de Material de construção, além daquelas que compõem o varejo, aumentaram 1,4% em 2014 em relação a 2013, de acordo com dados da Pesquisa Mensal Comércio (PMC) do IBGE. Destacam-se o crescimento nas vendas das atividades de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (16,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%), móveis e eletrodomésticos (4,7%) e Material de construção (4,2%).

Em 2015, o setor de Serviços teve uma queda de 2,7%, quando comparado a 2014. As atividades que mais impactaram neste resultado foram: comércio (-8,0%) e transportes (-5,2%). A atividade comercial recebeu, por um lado, impacto direto do ajuste do mercado de trabalho, o que ocasionou a retração da massa de rendimentos. Por outro lado, sofreu influência da menor confiança dos consumidores e do endividamento das famílias. Apenas ramos comerciais de demanda inelástica (aumento no preço e redução de renda não levam à redução proporcional no consumo, por sua essencialidade) como artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,3%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,3%) mostraram desempenho positivo segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC-IBGE) Parte importante do setor de Serviços, a exemplo da atividade de transportes, está diretamente vinculada à produção de bens industriais, que registraram decréscimos significativos, citados anteriormente. Apenas os serviços públicos (1,7%) e os serviços prestados às famílias (0,3%), mostraram resultado positivo. 

Expansão de cadeias produtivas e investimento em refinaria, petroquímica e estaleiro


O Estado procurou investir na expansão das cadeias produtivas, estimulando a interiorização da iniciativa privada. A Secretaria de Planejamento de Pernambuco conta que essa experiência teve início com uma leitura estratégica diferenciada em 2006, com o Governo Eduardo Campos. Estudos de viabilidade econômica elaborados naquela época apontavam o potencial de crescimento da indústria de bens de consumo duráveis e do setor de alimentos. Aliado a isso, foram sendo implantados os chamados investimentos estruturadores: refinaria, petroquímica e estaleiro. “Foi apostando nessas áreas estratégicas que o estado traçou sua política de inserção no mapa econômico nacional e mundial”, garante a assessoria do Planejamento.


“Atualmente, apesar do ambiente macroeconômico desafiador, as estratégias mantidas e ampliadas na atual administração do governador Paulo Câmara possibilitam que o Estado se mantenha atrativo para a instalação e ampliação de atividades industriais nos segmentos de alimentos, bebidas, higiene e bens semiduráveis, além do Polo Automotivo que, pelo conjunto de tecnologias e inovações aplicadas, pode ser considerado como o mais moderno e eficiente do mundo”, garante.


Ainda segundo a Secretaria, dentro da política de atrações de investimento, destaca-se o Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe), que compreende um conjunto de incentivos fiscais direcionados para setores da atividade econômica, entre os quais destacam-se: industrial, central de distribuição e importador atacadista. O pacote destina-se a atrair novos investimentos e manter em seu território aqueles já existentes. Trata-se de um dos programas mais robustos do gênero, pela abrangência e escalonamento de percentuais em função da localização dos empreendimentos, e transparentes, por dar publicidade aos atos por meio de decretos específicos no Diário Oficial.

Crescimento em 2014 e queda em 2015

O PIB do Estado de Pernambuco fechou o ano de 2014 com um crescimento de 2,4%. O resultado refletiu elevações de 3,0% da agropecuária, 0,3% da indústria e 2,8% dos serviços. Contudo, com a queda de 3,5% em 2015, o PIB de Pernambuco ficou em R$ 155,4 bilhões, em relação a 2014.

Orçamento para 2016

O Orçamento fiscal 2016 do Estado é de R$ 31,04 bilhões (para todos os Poderes). O investimento previsto no Orçamento é de R$ 2,58 bilhões (para todos os Poderes). Estão previstos cortes de R$ 600 milhões nos gastos, com redução linear em diversas áreas, preservando as áreas de Saúde, Educação e Segurança.

Recife, Ipojuca e Fernando de Noronha: 75% dos turistas

Pernambuco possui três destinos indutores, sendo eles Recife, Ipojuca e Fernando de Noronha. Juntos, eles são responsáveis por 75% dos visitantes que chegam diariamente ao Estado. 

Recife recebe mais pessoas interessadas no turismo de negócios. Nos dois outros destinos, a procura é pelo sol e mar. Outras regiões que recebem um bom número de visitantes todos os anos são: Praia dos Carneiros, Ilha de Itamaracá, Gravatá, Caruaru e Garanhuns, além de Olinda, com seu sítio histórico e todo o arcabouço cultural existente no município.

Pernambuco é conhecido pelo turismo de sol e mar. Por possuir uma boa infraestrutura hoteleira ‘pé na areia’ e um litoral belíssimo, o Estado terminou sendo estereotipado por esses atrativos. Com a divulgação do sol e mar consolidada, o Governo de Pernambuco começou a investir na interiorização do turismo.
Com uma vasta área a ser explorada e uma série de atrativos ‘escondidos’, a intenção é atrair visitantes do Brasil e do mundo para conhecer a cultura, a história, os casarões, igrejas, rotas, passeios e a gastronomia do turismo rural. Atualmente, o destino rural já divide o mesmo espaço com o de sol e mar durante as feiras que o Estado participa.

Outro segmento do turismo que está começando a ser explorado pelo Governo de Pernambuco é o Enoturismo (motivada pela apreciação do sabor e aroma dos vinhos). Este é voltado para a região do São Francisco, que contempla as cidades de Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, entre outras cidades da região.

Um outro viés que está sendo explorado é o de um novo olhar sobre o Recife. A capital, que é consolidada como um destino de negócios, agora precisa ser conhecida também como uma cidade de lazer. Esse segmento pode ser encontrado no bairro do Recife, com os novos equipamentos, tais como: Paço do Frevo, Cais do Sertão, Terminal Marítimo, Complexos de Bares e Restaurantes (Armazéns do Porto do Recife), além da implantação da Ciclofaixa nos domingos e feriados pela cidade.

O turismo movimentou, no primeiro trimestre de 2016, R$ 2,6 bilhões. O valor é 28,4% superior ao mesmo período de 2015, quando a receita ficou em R$ 2 bilhões.

Infraestrutura, investimento na dissiminação industrial

Em linhas gerais, ao longo dos últimos anos, o Governo do Estado tem feito investimentos em estradas, abastecimento d’água, fortalecimento de polos industriais, melhoria nos Portos de Suape e do Recife, distribuição de gás natural, em habitação, saneamento, com obras e ações que melhoram a qualidade de vida dos pernambucanos e tornam o Estado mais atrativo para os investidores. O Governo também investe em educação, preparando os jovens para o mercado de trabalho, com a criação de escolas de referência em ensino médio (com horário integral) e técnicas e ampliação do ensino superior. Além disso, estimula a inovação, ciência e tecnologia, com os centros tecnológicos e instituições de pesquisa e desenvolvimento. 

Além disso, Pernambuco tem recebido grandes projetos na cadeia de geração de energia eólica, a exemplo do Complexo Eólico Ventos de Santa Brígida, inaugurado em setembro de 2015 – um investimento de R$ 864 milhões em sete usinas distribuídas por Caetés, Paranatama e Pedra, no Agreste. A matriz eólica já representa 9,8% da geração pernambucana, com 20 empreendimentos em funcionamento e produção interna de torres, pás e flanges para atender à indústria. Para este ano, está prevista a operação do Complexo Eólico Ventos de São Clemente, no Agreste, um investimento da empresa Casa dos ventos orçado em R$ 1,05 bilhão. Na geração solar, foi assinado o segundo contrato fruto do leilão de energia, no ano passado, com as empresas Kroma Energia e Cone, que estão investindo R$ 200 milhões em parques solares em Flores, no Sertão do Pajeú. Também oriundo do leilão, já está operando o empreendimento Fontes Solar I e II, da Enel Green Power, em Tacaratu, no Sertão de Itaparica, que é ligado a uma planta eólica, constituindo-se no primeiro parque híbrido do Brasil.

Os investimentos nos projetos eólicos e solares são da iniciativa privada e se tornam possíveis por meio do Programa PE Sustentável, desenvolvido e executado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, com o objetivo fundamental de consolidar o Estado como gerador de energia limpa e polo produtivo de equipamentos, tecnologia e conhecimento em energias renováveis. 

Suape: modernização da infraestrutura portuaria

O Governo de Pernambuco vem investindo ao longo dos últimos anos na modernização da infraestrutura portuária do Complexo Industrial Portuário de Suape. Em paralelo a esse investimento do estado, são aguardados cinco grandes projetos sob o comando da Secretaria Especial de Portos, do Governo Federal, que estão em processo de licitação. Eles são: o Terminal de Contêineres (Tecon II), que terá uma área de 33 hectares destinada à movimentação e armazenagem de contêineres; a ampliação do Pátio de Veículos que resultará na movimentação de 250 mil carros por ano; o Terminal de Grãos, com capacidade estimada de movimentação de 5,2 milhões de toneladas ao ano; além de dois Terminais de Granéis Minerais, que irão movimentar 12,7 milhões de toneladas por ano. Os investimentos nestes projetos, todos selecionados no Plano de Investimento em Logística, do Governo Federal, estão orçados em R$ 2,1 bilhões.
 


 

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