Walter Santos analisa discurso raivoso de Bolsonaro na ONU e as comemorações de 70 anos da China

Em nova análise, o multimídia e analista politico Walter Santos avalia o discurso na contramão do presidente Jair Bolsonaro na ONU, na mesma data em que a China comemorava 70 da República Popular e seus muitos avanços sem mesmo abrigo de repercussão na referida sessão. Mas lembrou que, em Recife,o Consulado reuniu autoridades de todo Nordeste para comemorar a data.

A ONU, o discurso agressivo de Bolsonaro e a ausência de um marco na sessão: 70 anos da República Popular da China

Terça – feira, 24 de setembro de 2019. O calendário global registra a data como momento especial para a ONU – Organização das Nações Unidas, entidade criada pós Segunda Grande Guerra – abrigar o discurso histórico raivoso e desprovido de propostas à humanidade pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na contramão do interesse dos Países buscando soluções difíceis para questões complexas, inclusive ambiental, castigadas por ameaças de destruição até na Amazônia.

A ideologização imprópria, o estímulo à abordagem com interesse no seu gueto social de muito atraso e o culto desproporcional a Trump fez a sessão desta terça-feira, 24, não ressaltar na ONU um grande marco comemorado pela China, que são seus 70 anos da República Popular inaugurados por Mao Tse Tung.
Em Recife, a milhares de quilômetros dali, a data marcante para a China reuniu centenas de representantes no Nordeste brasileiro visando expor história, dados e números de muitos avanços.

Num momento histórico como o que vivemos, exaltar o retrocesso e ignorar a força transformadora da China na conjuntura global comparativamente na realidade posta é fazer muita gente do Ocidente e Oriente indagar por que reverenciar o atraso planetariamente, se diante de todos existem avanços a impactar todo o Globo com a nova história da China, sobretudo na direção do futuro?

ALÉM DA APOLOGIA

É que a sociedade global não pode de maneira nenhuma ignorar a existência e influência da China no planeta Terra, sobretudo com os novos números da economia e diversas outras políticas de inovação, inclusive no trato ambiental, daí ambiências como da ONU ser espaço adequado para reflexão dos Países sobre o futuro à frente.

Não dá para ignorar a China com realidade e números fantásticos nestes 70 Anos da República Popular conjugando ideologia comunista odiada por Bolsonaro com resultados sociais impressionantes de redução da pobreza em mais de 72% nestes últimos anos, sem contar a economia pujante e prestes à liderança global – coisa típica do capitalismo em voga.

TOM CONCILIADOR DA CHINA

Diferente do presidente brasileiro a expressar ódio a diversos segmentos e Países, a Cônsul da China no Nordeste, Yan Yuqing, expos que seu país se empresta a expandir as relações com o mundo, em especial com o Brasil este ano completando 45 anos, sem perder o foco nos negócios rentáveis para todos quanto queiram , em especial ela própria, porque não é fácil manter com decência uma Nação com 1.3 bilhão de pessoas.

Investindo pesado em tecnologia e inovação neste ano de 2019, a China já chegou à solução 5G na frente do Vale do Silício dos EUA daí parte das retaliações de Trump em estilo parecido/seguido pelo brasileiro estar na contramão das relações internacionais bem resolvidas.

O fato é que a China comemora 70 anos de República Popular contabilizando que para chegar a este patamar precisou no final dos anos 50 gerar diálogo com os EUA e abrir sua economia às empresas americanas fruto da visão extraordinária de Henry Kissinger e de Mao em época de crise e guerra dos chineses com a Rússia, cujo estágio das relações mais amigáveis deixou de existir na era Trump de retaliações .

SINTESE CONJUNTURAL

No dia do discurso raivoso de Bolsonaro, a ONU perdeu uma ótima oportunidade de mostrar ao mundo um modelo vencedor de status político e econômico sem igual, como é o caso da China, comemorando a data em seu país e no Nordeste Brasileiro a lembrar a máxima da sabedoria popular. Diz ela:

– A sabedoria do rio está em contornar a montanha e seguir seu curso natural, ao invés de querer subir a montanha impropriamente.

A China tem mais do que isso: tem cultura milenar, tecnologia, capital e poder armado, mesmo assim só age focando as relações bilaterais com o mundo.


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