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Rodrigo Maia chama Pazuello de ‘desastre’ e diz que sociedade ‘vai pagar a conta’ por erros

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira (16), durante encontro com jornalistas que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é um “desastre”. Segundo ele, em uma época de pandemia, a sociedade pagará a conta pelo “jeito que está” o Ministério da Saúde.

“Acho que o ministro da Saúde é um desastre. Vai ser um desastre para o país primeiro e para o governo. Acho que a sociedade já começou a entender, e a área médica principalmente”, afirmou Maia. “Num momento de uma pandemia, um Ministério da Saúde do jeito que está, quem vai pagar a conta primeiro é a sociedade. É mais importante do que o governo pagar a conta”, complementou.

Procurada, a assessoria do Ministério da Saúde informou que não se manifestará sobre as declarações do presidente da Câmara.

Maia afirmou que Pazuello “se perdeu” na gestão do ministério e disse que a “incompetência” do ministro pode pode comprometer o processo de vacinação contra a Covid-19.

“O ministro da Saúde vai muito mal. Acho que ele se perdeu na gestão do ministério. Em relação à questão da logística, que diziam que era o forte dele, até agora ele não apresentou nada organizado para a vacina, para nada”, declarou.

“E acho que ele pode, sem dúvida nenhuma, além de prejudicar muito a imagem do Exército brasileiro, ele pode comprometer muito com essa falta de organização, com essa incompetência, tanto a solução para a vacina como a solução para esse aumento no número de infectados, de mortes, que precisaria de uma articulação de melhor qualidade entre governo federal, estados e municípios”, afirmou.

Guedes
Maia fez a declaração ao responder a uma pergunta sobre pontos positivos do governo. Ele elogiou a ministra do Agricultura, Tereza Cristina, filiada ao DEM, partido ao qual pertence, e disse concordar com as reformas propostas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Apesar disso, Maia afirmou que o chefe da economia não é mais majoritário no governo.

“A minha dúvida é se o Paulo Guedes hoje é majoritário no governo ou não. Eu acho que não é”, declarou o presidente da Câmara.

Segundo Maia, Guedes “perdeu o controle” de pautas da economia que antes encampava, porque o governo desistiu de uma agenda polêmica no setor para não perder votos nas eleições de 2022.

O presidente da Câmara citou como exemplo uma reforma administrativa mais dura, o fim do abono salarial e do seguro-desemprego.

“Acho que tudo isso, do meu ponto de vista, não será prioridade do presidente nos próximos dois anos. Essa é a minha impressão pelo o que aconteceu nos últimos meses”, afirmou.

“A minha impressão é que o governo, o presidente e seus principais auxiliares, excluído o Paulo Guedes, desistiram daquilo que for polêmico e daquilo que em tese possa tirar voto”, disse.

Maia disse que reconhece o esforço dos militares que integram o governo em tentar fazer “o correto”. Mas ressalvou que eles foram treinados para comandar e não liderar. Na sequência, criticou Pazuello, que é general da ativa do Exército. As informações são do G1.


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