Por Walter Santos *
O Brasil acompanha com serenidade a reação desproporcional e indevida de chefes das Forças Armadas do Governo Bolsonaro contra comentários pontuais do presidente da CPI da COVID, senador Omar Aziz, cujo enredo nos remete à análise conjuntural para provar por A mais B como os militares não têm cultura para saber conviver com a crítica na democracia.
Antes de aprofundarmos na essência da inabilidade militar ao convívio com a crítica comum no meio civil, lembremos dos dados constantes na história narrando o fato de que 900 A.C. um marajá na Índia venceu uma eleição defendendo o fim da corrupção.
Atentem para como essa praga da corrupção acompanha a vida social!
O registro serve de mera referência para dizer em alto e bom som que a corrupção, ainda hoje, na atualidade registrada na Índia, é um germe comum na humanidade, na maioria dos ambientes sociais onde existem humanos. Não se trata de valor específico de uma Nação, pois envolve a gula e má educação de desvios de bens alheios dos avarentos do mundo.
O CASO DO BRASIL
Antes lembremos da Alemanha. É preciso admitir que o Nazismo deve tudo de espetáculo e interferência no inconsciente coletivo alemão da época, a força genial da estratégia da propaganda definida e posta em prática pelo expert Joseph Goebbels, sem o qual Hitler jamais teria a dimensão conquistada pelo estrategista.
No Brasil, desde a eleição de 2018, parte das táticas de Goebbels foi consolidada na fase pré e de campanha presidencial definindo um só inimigo – o petismo e seu líder Lula, atribuindo a eles num só discurso e estratégia para tirar de campo o adversário a acusação de corrupção, comumente a gerar ódio social. A Petrobras, outro alvo, serviu para isso.
No caso de Lula, como comprovado por decisões posteriores do STF, ficou provado que houve a participação arquitetada por Agentes do Capital Internacional a partir dos EUA levando o ex-juiz Sérgio Moro a liderar com parte do MPF ( vide Dallagnol), sob cumplicidade de Grande Mídia a estratégia para prender o ex-presidente da disputa eleitoral e impor a mais odienta perseguição política já adotada contra um líder brasileiro.
E eis que a história prova o Golpe produzido com apoio da Elite e da Extrema Direita já antes, lá atrás no Mensalão em 2004, e depois em 2016 afastando com impeachment a honesta presidente Dilma Rousseff. A geopolítica ocidental não quis nem quer que o Brasil exerça sua soberania e seja uma nação com 6o lugar na economia global.
A CULTURA DE NÃO SABER CONVIVER COM A CRÍTICA
Na essência do manifesto apresentado por militares do comando no Governo Bolsonaro está a inabilidade comum ao poder civil de conviver intensamente com a dureza da crítica, embora no caso do senador Omar Aziz não tenha havido razão para o tamanho da reação militar.
O fato é que por estarem ocupando mais de 12 mil cargos no Executivo com registros de atitudes reprováveis de negociatas no Governo por alguns militares eis que, como consequência, sobra para a simbologia dos militares o vínculo setorizado com a corrupção. E este é um valor abstrato de alto poder corrosivo para a imagem militar.
Em síntese, eis que estamos diante de uma realidade a ratificar a inabilidade dos militares de convivência com a crítica daí ser mais pertinente começarem a buscar se dedicar e cuidar da caserna, onde habita sua responsabilidade de gerir a defesa do Brasil.
Na prática, a vida prova que os civis têm mais habilidade de lidar com críticas e saber administrar um País.
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* WSCOM
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