Wenchang, Hainan, 23 jul (Xinhua) – A China lançou nesta quinta-feira uma sonda para Marte, visando orbitar, pousar e se locomover em uma missão e tomando o primeiro passo em sua exploração planetária do sistema solar.
Um foguete Longa Marcha-5, o maior veículo de lançamento da China, carregando a espaçonave com uma massa de cerca de 5 toneladas, decolou do Centro de Lançamentos Espaciais de Wenchang, na costa da província insular de Hainan, sul da China, às 12h41 (horário de Beijing).
Cerca de 36 minutos depois, a espaçonave, incluindo um orbitador e um veículo explorador, foi enviada à órbita de transferência Terra-Marte, iniciando uma viagem de quase sete meses ao planeta vermelho, de acordo com a Administração Nacional Aeroespacial da China (CNSA).
A primeira missão para Marte da China se chama Tianwen-1, que significa Questões ao Céu e vem de um poema escrito por Qu Yuan (340- 278 a.C.), um dos maiores poetas da China antiga. O nome significa a perseverança da nação chinesa em busca de verdade e da ciência e da exploração da natureza e do universo, disse a CNSA.
“O bem-sucedido lançamento é apenas o primeiro passo da missão chinesa para Marte, e esperamos que cada uma das muitas etapas importantes da longa jornada seja concluída com êxito”, disse Geng Yan, funcionário do Centro para Exploração Lunar e Programa Espacial da CNSA.
As etapas-chave incluem a desaceleração perto de Marte, orbitar, separar a plataforma de pouso e o veículo explorador do orbitador, aterrissar suavemente e explorar.
Espera-se que a nave chegue a Marte por volta de fevereiro de 2021. Após entrar na órbita do planeta vermelho, passará de dois a três meses pesquisando potenciais locais de pouso usando uma câmera de alta resolução para se preparar para a aterrissagem em maio.
A parte mais desafiadora da missão será o pouso suave, um processo autônomo da sonda com duração de sete a oito minutos. A sonda usará sua forma aerodinâmica, paraquedas e retrofoguete para desacelerar e amortecer os pés para pousar, explicou Geng.
Após o pouso, um veículo explorador será liberado para conduzir a exploração científica com uma vida útil estimada em pelo menos 90 dias marcianos (cerca de três meses na Terra), e o orbitador, com uma vida útil projetada de um ano marciano (cerca de 687 dias na Terra), retransmitirá as comunicações para veículo explorador enquanto conduz sua própria detecção científica.
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