BRASIL

Comunicação do governo Lula tem duas novas apostas para quebrar a polarização política

Lula e Paulo Pimenta (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 – Diante do desafio de elevar os índices de aprovação da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a comunicação do governo, comandada pelo ministro Paulo Pimenta, irá testar, a partir dos próximos dias, dois novos slogans para as peças de divulgação sobre as ações da administração federal.

 

Uma delas será “bote fé no Brasil”, que reforçará a confiança na recuperação da economia. No dia de ontem, por exemplo, foram divulgadas duas notícias extremamente positivas que apontam na direção de um futuro melhor: a geração de 306 mil empregos formais em fevereiro, bem acima do esperado pelo mercado, e a revisão da estimativa de aumento do PIB para 2,5%em 2024 pelo ministro Fernando Haddad.

 

Ampliar o diálogo

 

O slogan “bote fé no Brasil” também cumpre uma segunda função, que é ampliar o diálogo do governo federal com o público evangélico, justamente o segmento onde o presidente Lula hoje enfrenta maior resistência. Há também um consenso entre os formuladores da estratégia de comunicação do governo: o de que Lula deve se afastar das chamadas pautas morais e identitárias, reforçando o debate em temas sobre o bem-estar material e a qualidade de vida.

O segundo slogan – “isso é bom para todo mundo” – reforçará o caráter universal de muitas das políticas públicas e sociais do governo Lula, que foram retomadas no primeiro ano do terceiro mandato. As pesquisas internas do governo revelam que programas como Farmácia Popular, Minha Casa, Minha Vida e muitos outros são valorizados tanto por eleitores que se declaram petistas como “bolsonaristas”. Com o segundo slogan, o governo reforçará a ideia de que Lula governa para todos – e não apenas para a sua base eleitoral.

 

Outra novidade da comunicação será a segmentação das campanhas na área digital, a partir de uma licitação que vem sendo conduzida pela Secom. Muitas ações do governo passarão a ser comunicadas para os públicos efetivamente atingidos pelas políticas públicas, como no caso, por exemplo, do programa Pé de Meia, que oferece bolsas e incentivos para que estudantes do ensino médio permaneçam na escola. A ideia é separar ações de alcance específico daquelas de alcance geral na comunicação de governo.


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