Conjur – O chanceler Ernesto Araújo foi duramente criticado em reunião no Senado nesta quarta-feira (24/3) ao participar da sessão de debates temáticos da casa. Foi sabatinado por alguns parlamentares sobre a atuação do Itamaraty na compra de vacinas para o enfrentamento da Covid-19.
A senadora Katia Abreu (PP-TO) demonstrou a gravidade da epidemia de Covid-19 no país e afirmou que “felizmente ou infelizmente precisamos da nossa democracia”. A senadora perguntou diretamente se Araújo acredita que tem condições de continuar à frente do Itamaraty.
“Que condições diplomáticas o Itamaraty tem hoje para se desculpar por tantos percalços e ofensas contra pessoas de quem dependemos para ter vacinas?”, questionou a senadora sobre as relações com a China, nosso maior parceiro comercial.
A senadora Daniela Ribeiro (PP-PB) questionou o ministro das Relações Exteriores de Bolsonaro sobre documentos assinados em recente visita diplomática a Israel. Ela mencionou o Telegrama 142 da embaixada brasileira em Telaviv ao Itamaraty. O documento obriga brasileiros a serem testados com spray sem autorização da Anvisa. “Enquanto o Brasil precisa de vacinas, o ministro vai a Israel em busca de um spray que não é testado, nem comprovado”, pontuou.
Em breve manifestação, o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) pediu a demissão do ministro. Ao responder as perguntas, Araújo criticou a retórica dos senadores e afirmou que as relações com a China são “incompreendidas”.
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