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Famílias ocupam prefeitura de Aracaju em reinvindicação por moradia

 Após mais de 24 horas de ocupação, dezenas de famílias do Nasce a Esperança permanecem acampadas na sede da Prefeitura Municipal de Aracaju, situada no bairro Siqueira Campos. Eles estão no local desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (23), temendo uma ação de reintegração posse dos terrenos que ocupam no bairro Santa Maria. Mesmo depois de terem sido recebidos pela senadora Maria do Carmo Alves, os ocupantes resolveram continuar no prédio como forma de reivindicar que a prefeitura cadastre todas as famílias no programa habitacional e que decrete o terreno ocupado como de utilidade pública para a construção de moradias.

Um vídeo publicado nas redes sociais, na madrugada desta terça-feira (24) trouxe o relato de uma das ocupantes que afirmava ter ido dormir com fome devido a represálias da Guarda Municipal.

Em resposta ao episódio, o diretor geral da Guarda Municipal de Aracaju, o coronel Enilson Aragão, disse que desde de ontem (23) os ocupantes se recusam a negociar com os policiais da guarda sobre o melhor local para alimentação e repouso e que só no início desta tarde que resolveram sair para comer. “Em nenhum momento negamos comida ou água para os ocupantes, tentamos negociar com eles até a meia noite de ontem na tentativa de oferecer um lugar onde eles pudessem comer de maneira ordeira e sair do confinamento do prédio, mas eles não aceitaram preferiram ficar”, disse.

Em virtude da reintegração de posse prevista para acontecer nesta quarta-feira (25), vários grupos e movimentos sociais estão mobilizando pessoas nas redes sociais em apoio a causa.
“Precisamos nos mobilizar em apoio a estas famílias. Faça uma visita à ocupação que ocorre na sede da Prefeitura de Aracaju. Leve sua solidariedade, leve os mantimentos que puder.

Uma nota publicada na tarde desta segunda-feira (23), a Prefeitura Municipal de Aracaju através da senadora Maria do Carmo, lembrou que Prefeitura de Aracaju gasta por mês mais de R$ 360 mil com recursos próprios apenas com o aluguel social para mais de 1.200 famílias na capital sergipana, totalizando um gasto anual de mais de R$ 4 milhões com a concessão do benefício. “É importante que as pessoas saibam que essa ação de reintegração de posse é entre o dono do terreno (uma empresa) e as famílias. Estas famílias ocuparam um terreno particular. Eles entraram na Justiça para receberem o auxílio-moradia, o município recorreu e ganhamos a causa”, relatou. 

Jornal da Cidade


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