ALAGOAS

Maceió tem inverno mais longo das últimas décadas

Nos últimos quatro meses, Maceió tem registrado chuvas intensas e acumulado grandes prejuízos. Nem a primavera, iniciada oficialmente no dia 22, foi capaz de interromper as chuvas na capital reservando para a cidade o inverno mais longo dos últimos 30 anos. Até agora, foram sete mortes e um desaparecimento, além de desabamento de casas, barreiras e o transbordamento de rios.

Com as constantes chuvas, a Prefeitura fica impedida de realizar um serviço mais amplo de recuperação da cidade. A água acumulada nas vias impede a fixação do asfalto e qualquer serviço feito na chuva, que não paliativo, representa desperdício de tempo e de recursos públicos.

De acordo com o prefeito Rui Palmeira, com a chegada dos dias de sol, a Prefeitura vai iniciar, já na próxima semana, um grande programa para recuperar 50 vias em toda Maceió. “Iniciamos um grande trecho na Avenida Buarque de Macedo e já a partir da próxima semana vamos executar obras em outras importantes vias, que serão totalmente recuperadas para melhorar a mobilidade da população maceioense”, ressaltou.

Diariamente, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanização (Seminfra) realiza uma intensa ação de recuperação em diversos bairros de Maceió, com uma média 10 equipes nas ruas. “São quatro meses com chuvas intensas, o trabalho de recuperação emergencial e paliativo, principalmente na malha viária, vem sendo feito diariamente. Estamos trabalhando, fazendo o que é possível mesmo com chuva”, acrescentou Rui.

Chuvas intensas

Desde o dia 21 de maio, Maceió tem registrado muita chuva com curtos períodos secos. Os dias que antecederam 27 de maio apontaram pluviometria acumulada registrada de 349,8 mm, quase o total esperado para todo o mês de maio, que era de 382,2 mm.

Os maiores volumes registrados foram nos dias 26 e 27 de maio, 112 mm e 130 mm, respectivamente, quando chegaram diversas ocorrências como deslizamentos com soterramento (sete vítimas fatais confirmadas e um desaparecido), desabamentos de casas, quedas de árvores e vários pontos alagados, além do transbordamento do Rio Jacarecica, Lagoa Mundaú e Rio Pratagy, causando inundações aos bairros próximos as suas margens. Somente em maio, foram registradas 3.024 pessoas desalojadas, 258 pessoas desabrigadas e 507.200 pessoas afetadas por conta dos deslizamentos e inundações decorrentes dos grandes volumes pluviométricos registrados no dia 27 de maio.

As localidades mais atingidas encontram-se distribuídas em sete complexos de risco: Complexo Benedito Bentes, Complexo Tabuleiro, Complexo Chã da Jaqueira, Complexo Lagoa Mundaú, Complexo Baixo Reginaldo, Complexo Alto Reginaldo, Complexo Litoral Norte. A Grota da Cicosa e a Grota do Pau D’Arco foram às áreas onde registraram os maiores deslizamentos de massa, com desabamento total de residências e vítimas fatais.

Alagoas 24h


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