247 – Uma reportagem que acaba ser publicada pelo site Intercept comprova: o procurador Deltan Dallagnol acusou o ex-presidente Lula sem acreditar na consistência das provas apresentadas na denúncia. “Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua”, escreveu o procurador Deltan Dallagnol, quatro dias antes de apresentar uma denúncia contra Lula que o acusa de receber reformas no triplex como propina da Petrobrás.
A HISTÓRIA – Lula foi preso em abril de 2018, quando liderava todas as pesquisas sobre sucessão presidencial, e desde então vem sendo mantido como preso político.
Em sua coluna deste domingo, o jornalista Elio Gaspari confirma que Lula está sendo perseguido pelo Poder Judiciário no Brasil.
Confira, abaixo, trecho da reportagem do Intercept:
Faltavam apenas quatro dias para que a denúncia que levaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão fosse apresentada, mas o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba tinha dúvidas sobre a solidez da história que contaria ao juiz Sergio Moro. A apreensão de Deltan Dallagnol, que, junto com outros 13 procuradores, revirava a vida do ex-presidente havia quase um ano, não se devia a uma questão banal. Ele estava inseguro justamente sobre o ponto central da acusação que seria assinada por ele e seus colegas: que Lula havia recebido de presente um apartamento triplex na praia do Guarujá após favorecer a empreiteira OAS em contratos com a Petrobras.
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