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Moro diz ser de sua alçada investigar eletronuclear

 O juiz responsável pelos processos da Operação Lava Jato, Sérgio Moro, destacou que investigar casos de corrupção na Eletronuclear, estatal de energia que fica sediada no Rio de Janeiro, e esquemas nos contratos da obra da usina Angra 3, no mesmo Estado, é, sim, de sua responsabilidade, apesar de ele ser titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.

No despacho em que pede a prisão do almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, e do executivo Flávio David Barra, presidente global da Andrade Gutierrez Energia, nesta terça-feira 28, durante a nova fase da investigação, chamada de Radioatividade, ele descreve os motivos. O documento foi divulgado pelo blog de Fausto Macedo.

"Esclareça-se, por oportuno, que a competência, em princípio, é deste Juízo, em decorrência da conexão e continência com os demais casos da Operação Lavajato e da prevenção, já que a primeira operação de lavagem tendo por origem os crimes praticados pelo cartel consumou-se em Londrina/PR e foi descoberta em processo inicialmente distribuído a este Juízo, tornando-o prevento para as subsequentes".

Segundo Moro, as duas frentes de investigação "têm que ser tratadas em conjunto, por um único Juízo, sob pena de prejudicar a unidade da prova e com risco de decisões contraditórias". Para o magistrado, dispersar os casos e provas em todo o País "prejudicará as investigações e a compreensão do todo".

Advogados de alvos da operação ligados ao esquema de corrupção na Petrobras já tentaram tirar o caso das mãos de Moro, sob o argumento de que a sede da estatal petroleira fica no Rio, e o juiz, em Curitiba. A estratégia pode ser repetida no caso da Radioatividade.

Brasil 247


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