BRASIL

O caso de empresários de Cuiabá pagando caro para se vacinarem em Cuba desmoraliza sentido de saúde pública no Brasil e atesta desigualdades

Pode parecer coisa de cinema ou roteiro surreal de contos extraordinários da literatura, mas nem é uma coisa nem outra, é pura realidade. Pois bem, a mídia expõe que um grupo de ricos do Mato Grosso – estado dos donos da soja – resolveu simplesmente fretar um avião para se vacinarem em Cuba.

 

Isto mesmo, o nível da saúde cubana servirá até de pretexto para uns dias até de turismo na Ilha, mas com objetivo  principal de fato de imunizar 120 brasileiros entre empresários, profissionais liberais e autônomos mato-grossenses por conta da demora da vacina no País.

 

Este é o saldo e consequência da série interminável de erros e incompetências do Ministério da Saúde – leia-se “ministro” Jair Bolsonaro – criando má repercussão para a gestão de militares sem contar os absurdos de suspensão  da aquisição de milhões de vacinas ano passado, o que estaria evitando os exageros de agora.

 

Agora mesmo, o novo ministro Marcelo Queiroga fala em união nacional, uso de máscara, não isolamento, mas não soube até agora gerar um Protocolo nacional à base da ciência nem tem tido a indispensável atitude de dialogar com os governadores, estes, sim, com atitudes à altura para evitar o caos.

 

CUIABÁ E AS DESIGUALDADES

O grupo planeja provável viagem a Cuba orçada em R$ 3,6 milhões.” Ao todo, devem embarcar rumo a ilha dos Castros, 120 pessoas, devidamente testadas (exames de PCR), e com mais de 18 anos, aptas a tomar a vacina russa, Sputnik V.  Cada passageiro vai desembolsar R$ 30 mil. Do valor total arrecadado, R$ 2 milhões vão custear o fretamento da companhia aérea e outro R$ 1 milhão será doado ao governo cubano, responsável pela disponibilidade e aplicação das vacinas”.

 

A menor parte, R$ 600 mil, será usada para pagamento de hospedagens e alimentação do grupo, em Havana. É a completa desmoralização do governo, Jair Bolsonaro”, conclui a nota.

 

De fato, o Brasil não consegue conviver com politicas de redução das desigualdades – fator sempre mantido pelas elites brasileiras. Erro crasso histórico. Perdura desde os primeiros dias de nossa civilização não admitir o crescimento dos mais pobres.


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