MARANHÃO

Polícia faz operação contra agiotagem e corrupção no MA

A Polícia Civil do Maranhão iniciou na manhã desta quarta-feira (18) a segunda fase da operação 'El Berite', de combate à agiotagem e à corrupção em Bacabal (MA) – município localizado a 240 km de São Luís – e em outras cidades. No esquema o agiota empresta dinheiro às candidaturas de prefeitos durante a campanha eleitoral e, depois de eleito, o gestor forja licitações são forjados com a ajuda de 'laranjas' para desvio de verbas públicas.

A operação cumpriu mandados de prisão preventiva contra o ex-prefeito de Bacabal (MA) Raimundo Nonato Lisboa; os ex-secretários da prefeitura, Aldo Araújo de Brito (também ex-presidente da comissão de licitação) e Gilberto Ferreira (ex-tesoureiro); o agiota Josival Cavalcante da Silva, conhecido como 'Pacovan', a sua esposa, Edna Maria Pereira, e o filho da ex-prefeita da cidade de Dom Pedro (MA), Eduardo José Barros Costa.

Em abril deste ano, o ex-prefeito havia sido preso na primeira fase da operação 'El Berite', como desdobramento da 'Operação Detonando', realizada em 2012 após o assassinato do jornalista Décio Sá.

O agiota Gláucio Alencar Pontes Carvalho, preso desde em abril de 2012, foi acusado de ser um dos mandantes do assassinato do jornalista, e por encabeçar uma quadrilha que praticava agiotagem em prefeituras no Maranhão –, também teve a prisão decretada pela Justiça.

“Trata-se de uma organização criminosa que tinha como objetivo principal o desvio de verba pública pertencente ao município de Bacabal. Todos os presos, todos os denunciados que agora respondem a processo penal na Justiça de Bacabal, eles usufruíram do dinheiro desviado e essas pessoas tiveram, ou através de ‘laranjas’ ou através de suas próprias contas bancárias, repasses feitos pela Prefeitura de Bacabal, seja diretamente ou através de desvios, e se locupletaram (enriqueceram) desse dinheiro público”, disse ele, conforme relato do G1.

De acordo com o superintendente de Combate à Corrupção, delegado Lawrence Pereira, R$ 4,5 milhões foram desviados para a agiotagem. Os desvios foram comprovados pelos autos do inquérito, por meio da quebra de sigilos bancários.

Conforme o esquema, o agiota empresta dinheiro às candidaturas de prefeitos durante a campanha eleitoral e, depois de eleito, o gestor forja licitações são forjados com a ajuda de 'laranjas' para desvio de verbas públicas.


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