PERNAMBUCO

Porto Digital investe R$ 60 mi na preservação de prédios do Centro

Quatro projetos grandiosos devem ser iniciados em 2019 pelo Porto Digital e deverão ajudar na ocupação do Centro do Recife e na preservação de prédios históricos da capital pernambucana. O maior deles é a revitalização do antigo prédio do Diario de Pernambuco, que é uma concessão do governo estadual para a institução. O projeto de revitalização foi escolhido através de um concurso e inclui o retrofit do casarão e a construção de um edifício empresarial anexo. Orçada em R$ 28 milhões, a obra está na fase de modelagem financeira dos investimentos e, se tudo der certo, deve começar a ser iniciada ano que vem, sendo concluída até 2021.

Antes, até 2020, o porto deverá entregar o Hotel de Empresas, que ficará na Rua da Moeda, no número 50, com mais de dois mil metros quadrados de área e que custará cerca de R$ 4 milhões; uma segunda unidade do Portomídia; o Apolo 169, voltado para pós-produção audiovisual e com o maior estúdio do Nordeste, cujo investimento será de R$ 10 milhões e mais um empresarial, que ficará na Rua Dona Maria César.

Juntos, os projetos representam investimentos de cerca de 60 milhões e começaram a dar cara nova ao Centro já no final do próximo ano, quando começam a ser entregues, segundo o cronograma atualizado do Porto Digital. “Estamos com todas essas propostas encaminhadas, mas a mais cara é a mais complicada de tocar: a reforma da antiga sede do Diario de Pernambuco. Estamos em fase de modelagem financeira junto ao BNDES, mas é preciso um apoio da prefeitura para a requalificação do entorno do prédio. Aqui lá, sinceramente, está se tornando uma cracolândia”, reclama Francisco Saboya, o CEO do Porto Digital.
Vale ressaltar que o casarão do Diario foi construído em 1903 pelo proprietário Conselheiro Rosa e Silva. Segundo o gestor do Porto Digital, o projeto mais inovador, porém, será o Hotel de Empresas, que vai suprir uma lacuna na cadeia empreendedora atual do parque tecnológico.
“A gente tem espaços para empresas iniciantes, coworking ou salas individuais, e temos espaços para empresas grandes, lâminas inteiras de prédios, mas para aquela empresa que está crescendo, tem dois, três anos de mercado e não quer fugir do centro, a gente não tem. O hotel vai entrar nesse gap”, explica Francisco Saboya. O projeto deve ser iniciado até agosto e deverá ser concluído primeiro que os demais, com média de oito meses de prazo. Outro produto que empolga Saboya é a unidade do Portomídia pós-produção. “Nesse prédio, vamos ter um estúdio com capacidade para gravar orquestras inteiras, o que hoje é feito em teatros. Vamos ter um estúdio de motion capture, um de stop motion e um simulador de games”, revela. Essa obra também será iniciada neste ano e deve ser concluída em 11 meses.
Leonardo Guimarães, diretor executivo do parque tecnológico, que, inclusive, está na gestão do porto desde 2000, quando o mesmo foi criado, adianta que há o interesse do parque em ajudar outras empresas a investirem também nos bairros do Recife, Santo Antônio e São José.
Diário de Pernambuco


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