BRASIL

Revista NORDESTE: Agronegócio resiste na Bahia

Por Paulo Dantas

A Bahia é o maior estado do Nordeste em Produto Interno Bruto (PIB), mas a atual crise econômica tem feito com que sofra reveses nos setores da indústria e serviço. A Agropecuária é o setor que têm conseguido manter ainda sinais positivos na economia, particularmente considerando 2014 e 2015, houve aumento tanto na produção de grãos, quanto em termos de valores movimentados pelo setor. Claro que a valorização do dólar favoreceu. Apesar disto, dados divulgados recentemente apontaram queda de 3,2% do PIB baiano em 2015. Todavia, a agropecuária cresceu 5,8%, foi o único setor que registrou crescimento, reduzindo a queda do PIB da Bahia.


Em termos de participação no PIB, o primeiro setor do estado continua sendo o de Serviços hoje sendo 72%, o segundo é a Indústria, em torno de 20% a 22%, por último a Agropecuária, com cerca de 7,5%. Segundo informações do coordenador regional de contas regionais e finanças públicas da Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos (SEI) da Bahia, João Paulo Caetano, o crescimento tem se dado com a boa produção de soja e milho. Outra produção em alta é a laranja. Inicialmente concentrada basicamente em São Paulo, a produção de laranja começou a crescer no estado a partir de 2013. A região Rio Real e Jandaíra, próxima a divisa com Sergipe, teve incremento na produção, inclusive com a instalação de algumas fábricas de produção de polpas e sucos derivados de laranja. “Hoje entre 25% e 30% da produção laranjas do Brasil está vindo da Bahia”, informa Caetano. Outro ponto alto do estado está nos rebanhos. A Bahia é dono do maior rebanho de ovinos, caprinos e muares (híbrido de cruzamento com mula e jumento). “Temos em torno de 40% a 45% em alguns rebanhos e outros mais de 50% (do total do Brasil). Porém é importante destacar que por conta do período de seca que houve, até meados do ano passado houve uma redução significativa, sobretudo a parte dos bovinos”, explica o técnico. Em 2014 o PIB foi de 1,5%, com um crescimento pequeno. A expectativa é que a Bahia sofra uma nova queda em 2016, devido ao quadro de crise na economia nacional.


A produção de resíduos de derivados de petróleo teve uma queda de quase 15%, provocando a retração da indústria na Bahia. Além da queda na produção ligado ao petróleo a indústria também registrou desaceleração na produção da metalurgia, alimentos e bebidas. Para reverte a queda do setor, o governo afirma que tem tentado atrair novas indústrias e aposta em obras de infraestrutura no estado, a exemplo do Complexo Porto Sul e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), além do veículo leve sobre trilhos (VLT), que ligará o subúrbio ferroviário ao Comércio, e o novo Centro de Convenções da Bahia. Outra área em destaque para investimento será a área de energia eólica, que está em crescimento na Bahia. A retração também tem atingido o setor de Turismo com queda na movimentação de passageiros, registrada em 2015, no setor hoteleiro, de alojamento e alimentação. Para dar novo gás, o governo está promovendo ações e divulgação em Salvador, no litoral norte, na área do descobrimento do Brasil e na Chapada Diamantina. As ações preveem a modernização do Pelourinho, que é o principal Centro Histórico de Salvador. O estado tem investido também para profissionalizar o turismo rural. Há ainda um projeto para um novo Centro de Convenções em Salvador. Em 2012 o PIB foi de R$ 182,2 bilhões, com participação no PIB nacional de 3,79%. 

PIB da Bahia – IBGE (2013)

R$ 204,7 bilhões

Participação no PIB Nacional

3,84%

Participação no PIB per capita

R$ 13.577,74 

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