SERGIPE

Sergipe na pauta da Green Energy Park para futuras parcerias

Executivos  da Green Energy Park, uma das maiores empresas de energia renovável de integração vertical, em visita ao governador de Sergipe, Fábio Mitidieri,  apresentou possibilidades de investimentos no Estado, nesta quinta-feira (28). A equipe técnica da gestão foi recebida em jantar de cortesia pelo governador.

 

O CEO e diretor executivo do grupo Bart Biebuyck afirmou, durante a apresentação dos projetos em curso no mundo, e no Brasil, no estado do Piauí e no Ceará, o conceito de parques de hidrogênio para o abastecimento do mercado internacional e compartilha know-how, tecnologias, experiências e melhores práticas entre seus membros globais.

 

O objetivo da empresa é fornecer H2V a baixo custo por meio do desenvolvimento, financiamento e operação de instalações de energia renovável sob uma marca comum, para que o hidrogênio verde de baixo custo possa ser o impulsionador da transição energética.

 

A empresa está desenvolvendo a instalação de produção de hidrogênio verde e derivados de 10,8 GW no estado do Piauí, um dos maiores projetos do gênero no mundo. Faz parte da iniciativa de investimento Global Gateway da Comissão da União Europeia, que destinou 2 bilhões de euros para investimentos no Brasil.

 

“Não basta querer vender hidrogênio; tem que saber funcionar o negócio”, diz CEO

 

 

Equipe técnica da Green Energy Park explica como funciona o modelo de negócio da multinacional. Foto : André Moreira

 

 

“O Brasil possui um dos mercados com mais potencial no ramo da energia verde. O diferencial do Grupo Energy Park é que vemos o processo de produção de forma inversa à maior parte das empresas do ramo. Acreditamos em uma corrente vertical integrada, na qual todas as etapas são igualmente importantes, como questões de viabilidade financeira, captação de produto, localidade estratégica e o transporte final, e merecem ser analisadas em sintonia”, pontou o CEO.

 

Em sua avaliação,  “Não basta querer vender hidrogênio, tem que saber como fazer funcionar o negócio. E nosso grupo reuniu o melhor dos melhores em nível mundial, tornando o grupo diversificado e experiente em todas as áreas essenciais. Tornar o hidrogênio economicamente viável é a nossa missão e estamos aqui para mostrar que é possível mudar a chave que pensa em importação e começar a focar em exportação”, afirmou Bart Biebuyck.

 

Plano de transição energética

 

Na ocasião, o governador Fábio Mitidieri apresentou o estado como viável para esse tipo de investimento, destacando que Sergipe assinou, junto aos demais estados da região, por meio do Consórcio Nordeste, tem um acordo para elaboração de um plano de transição energética, com captação de investimentos na cadeia de hidrogênio de baixa emissão de carbono e financiamento de projetos com foco em energias renováveis.

 

“Desde 2023, por meio da Agência Sergipe de Desenvolvimento – Desenvolve-SE, nossa equipe estuda o tema, tendo inclusive participado de eventos internacionais, a exemplo da Conferência do Clima,  realizada em Dubai. Receber investidores da Energy Park reafirma o papel do estado na transição energética e no mercado de economia verde”, disse Mitidieri.

 

Nordeste à frente

 

Por sua vez, o presidente da Desenvolve-se, Milton Andrade explicou a importância de encontros como esse para mostrar o potencial da região Nordeste para se tornar um hub de produção de hidrogênio verde no Brasil e para o mundo.

 

“Eles já têm a expertise na questão de plantas de hidrogênio verde, que é o combustível do futuro,   uma matriz energética limpa, e o mundo todo hoje só fala em descarbonização. No Brasil, o Nordeste é uma grata surpresa. Esse grupo  já vem desenvolvendo vários projetos no Piauí e no Ceará. O mais importante é a consciência dos gestores em fazer parcerias com esses empresários”, justificou.

 

O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, Valmor Barbosa, acrescentou que o Brasil é o país onde se produz o hidrogênio verde mais barato do mundo e o Nordeste, a melhor região para a produção pela região portuária e pela  energia limpa, como a solar, hidrelétrica e eólica.

 

“Nesse contexto, na missão que lideramos em Dubai, na COP28, marcamos reuniões com a Green Energy. Essas reuniões vêm evoluindo desde dezembro. Então, no momento, o CGIB está se candidatando para que a segunda planta de hidrogênio verde a ser instalada pelo grupo Green Energy no Brasil seja aqui no nosso estado. A gente pode dizer que a vinda da Green Energy combina com essa nova roupagem do governo de inovar e procurar novas fontes energéticas. O hidrogênio verde sem dúvida é uma tendência mundial. Nós estamos largando na frente, demonstrando justamente a nossa inovação”, apontou.


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