BRASIL

Compra superfaturada da Covaxin envolve empresa Precisa e líder do governo na Câmara; houve “pressões anormais”, diz servidor

247 – A compra superfaturada da vacina Covaxin<span;>, que pode se tornar o maior escândalo do governo Bolsonaro na pandemia, foi a única para a qual houve um intermediário, a empresa Precisa. O preço da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante. Todas as demais foram negociadas diretamente com os fabricantes.

Uma das sócias da Precisa está envolvida com um escândalo de mais de R$ 20 milhões, do período em que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros ( PP), foi ministro da Saúde, no governo Temer (2016-2018).

 

Segundo um servidor do Ministério da Saúde ao Ministério Público, houve “pressões anormais” para a compra da vacina, com “mensagens de texto, e-mails, telefonemas, pedidos de reuniões” fora de seu horário de expediente, em sábados e domingos. O depoimento está em poder da CPI, segundo  reportagem de Julia Affonso, publicada no jornal Estado de S. Paulo.

O servidor do Ministério da Saúde assegurou que esse tipo de postura não ocorreu em relação a nenhuma das outras vacinas. O coordenador-geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde do Ministério da Saúde, Alex Lial Marinho, foi apontado pelo funcionário do Ministério da Saúde como o responsável pela pressão.

A Precisa está na mira da CPI da Covid, que na semana passada autorizou a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário de um de seus sócios, Francisco Maximiano. O depoimento do empresário na comissão está marcado para esta quarta-feira (23).


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