NORDESTE

Secretário alerta para pânico nas redes sociais sobre barragem de Jati: “não usem esse momento para trazer angústia”

A disseminação de informações inverídicas tem sido uma das preocupações do secretário nacional da Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas. De acordo com ele, o “pânico” gerado nas redes sociais por meio de compartilhamento de informações inverídicas atrapalham a comunicação, principalmente com a comunidade afetada pelo acidente. A tubulação da barragem rompeu na tarde da última sexta-feira (21). No mesmo dia, vazamento estava controlado, conforme o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

“Essa questão tem sido um desafio para nós. Não tem perigo [de rompimento da barragem], nós somos responsáveis. Não ajuda em nada [disseminar informações falsas]”, afirma o coronel Alexandre Lucas. A expectativa é que a evacuação das famílias que residem no entorno da barragem termine ainda nesta segunda-feira, 24, com a conclusão da manutenção inicial.

Ele também informou que os rumores de violência são maiores que a realidade, com duas ocorrências que ele considera casos pontuais. “A partir daí reforçamos o policiamento. Estamos em ano eleitoral, a exploração desse tipo de evento para um projeto de poder é triste para a sociedade. A gente pede que as pessoas não usem esse momento para trazer angústia”.

“Eu recebi muito muito muito vídeo desses. É vídeo dizendo que a barragem vai estourar, que vai morrer todo mundo, que é saque, não sei o que”, relata o comerciante Gilberto Rodrigues, de 56 anos. “Acho que tem muita gente que quer ser candidato, se aproveitando que o pessoal tá com medo, muita gente não tem consciência, acredita em tudo”.

Gilberto é dono de um mercadinho localizado no Centro de Jati. Ele informou que retomou as atividades normalmente nesta segunda-feira e fala que os negócios “vão até bem”, por causa do auxílio emergencial.

Orlando Vidal, 50, também abriu nesta segunda a loja de presentes que mantém no Centro de Jati. Ele diz que o movimento está fraco, “provavelmente porque as pessoas ainda estão voltando, mas que não se sente “tão inseguro”. “A gente fica meio apreensivo, tem muita informação circulando, mas o pessoal do Governo já falou que não tem esse pânico todo”.

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