BRASIL

Paralisações de policiais se alastram pelo País

Uma semana após a greve dos policiais militares da Bahia provocar uma onda de saques e violência, agentes das forças de segurança de outros estados iniciaram movimentos para reivindicar reajustes salariais. Ontem, foi a vez dos delegados da Polícia Civil de Minas Gerais cruzarem os braços por quatro horas. Na terça-feira, no Rio Grande do Norte, PMs e bombeiros iniciaram greve, suspensa no mesmo dia, após sinalização de negociações por parte do governo.

Um dos líderes da greve baiana, o vereador Marco Prisco teve o pedido de liberdade negado ontem pelo Supremo Tribunal Federal, sob a alegação de que ele articulava deflagração de outra paralisação. Ele foi detido em prisão preventiva para “garantia da ordem pública” e levado para presídio federal em Brasília na última sexta.

Os policiais civis da Bahia aprovaram ontem, em assembleia, indicativo de greve e anunciaram paralisação de 48 horas no dia 6 de maio. Entre as reivindicações está também o reajuste salarial.

Na semana passada, a greve dos PMs baianos, que durou dois dias, fez o governo federal enviar 6 mil homens da Força Nacional e do Exército para conter a violência no estado. A greve só acabou após acordo com o governo, que concedeu aumento de 6% aos policiais e aceitou rever o plano de cargos e salários.

Em Minas Gerais, o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil (Sindepominas) anunciou um calendário das próximas paralisações, marcadas para quarta-feira (30) e 7 de maio. O objetivo do movimento é pressionar o governo estadual para igualar os vencimentos dos delegados (R$ 7.747,50) com os dos defensores públicos (R$ 16.022,96).

No Rio Grande do Norte, o governo se comprometeu a enviar, até 1º de maio, projeto de lei para a Assembleia Legislativa sobre a promoção dos praças. Além disso, no dia 5, fará nova rodada de negociações com a Associação de Cabos e Soldados, que pede, entre outras coisas, reajuste de até 56,7%.

(do iG)


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