BRASIL

Aliados desconfiam de jogo duplo do PT no apoio ao governo

O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), deixou a reunião da bancada ontem informando aos jornalistas que o partido havia fechado questão no apoio à medida provisória 665, anunciada como parte do ajuste fiscal do governo e que restringe o acesso ao seguro desemprego.

A notícia se espalhou. E o plenário meio esvaziado começou a encher, com a votação parecendo que deslancharia.

Sibá pediu a palavra e subiu à tribuna. Anunciou que o PT votaria a favor da medida, mas sem dizer o que os líderes aliados esperavam: que o partido fechara questão.

No jargão parlamentar, “fechar questão” quer dizer o seguinte: se algum parlamentar votar contra será punido pela direção do partido.

Logo os aliados do governo começaram a descobrir, ali mesmo no em plenário, alguns petistas que se negavam a votar a favor do governo, como o ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS).

Daí em diante a coisa desandou.

Para piorar, o programa de TV do PT que foi ao pouco antes resultou em panelaço. O líder do PMDB, Leonardo Picciani, subiu à tribuna para reclamar das críticas do ex-presidente Lula, no programa, ao projeto de terceirização da mão de obra aprovado na Câmara graças ao PMDB.

Picciani denunciou na tribuna o que seria um jogo duplo do PT e anunciou que agora seu partido só vota as medidas do ajuste fiscal se a bancada do PT fechar questão no apoio ao governo.

O iG foi, então, atrás de Sibá para saber, afinal, se a bancada havia fechado questão ou não.

Clique aqui e assista ao vídeo para entender por que os aliados estão desconfiados se o PT vai deixá-los sozinhos na aprovação de medidas impopulares do ajuste:


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