BRASIL

Estudo indica que avanço de fake news no Facebook começou em 2015, contra Dilma

Um estudo elaborado por pesquisadores da Universidade Positivo, de Curitiba, aponta que o crescimento do número de páginas com fake news no Facebook começou em 2015, ainda durante a pressão pelo golpe contra a então presidente eleita Dilma Rousseff, e avançou durante as eleições de 2018, quando foi registrado um primeiro pico favorável a Jair Bolsonaro. O ápice de notícias falsas e de interações foi registrado nos primeiros meses da pandemia de Covid-19.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a pesquisa usou dados do aplicativo CrowdTangle, que mostra as publicações mais populares na rede social, para analisar o avanço das notícias falsas na plataforma do Facebook. No estudo, foram avaliados 27 perfis classificados como propagadores de fake news e as análises envolveram publicações e interações entre os anos de 2010 a 2020. Ao todo, foram detectadas 253,7 milhões de interações em 206,6 mil publicações.

Entre as principais páginas apontadas como divulgadores de fake news estão o Jornal da Cidade Online, O Jacaré de Tanga, Diego Rox, Gospel Prime, Dr. Robert Rey, VlogdoLisboa, Nando Moura, Terça Livre TV, Diário do Brasil e Terra é Plana.

Os pesquisadores identificaram que, além dos picos anteriores, as páginas também registraram movimentação semelhante em janeiro de 2019, no início do mandato de Jair Bolsonaro, e em março de 2019, início da pandemia no Brasil. Já o ápice das interações sobre as postagens foi apontado após a Polícia Federal cumprir mandados no âmbito do inquérito das fake news, que apura o financiamento e a divulgação de fake news e ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 


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