PERNAMBUCO

Polícia vai começar a ouvir testemunhas sobre a morte de Camila Mirele

As investigações sobre a morte da estudante Camila Mirele, 18, que morreu após cair de um ônibus em movimento quando voltava da aula, terão ínicio nesta semana. A polícia irá começar a ouvir as testemunhas. O delegado Nilson Mota, da Delegacia de Delitos de Trânsito, destacou como fundamentais à investigação os depoimentos do motorista e do cobrador, assim como os das pessoas que estavam com Camila na hora da queda. Também serão ouvidos parentes da vítima.

“O primeiro grande passo é saber a forma como o acidente ocorreu. Com base nisso, vamos poder imputar responsabilidade à pessoa que o causou”, observou Mota. O delegado comentou que se necessário também vai ouvir alguém da empresa Metropolitana. Ele solicitou imagens internas do coletivo e perícia do Instituto de Criminalística. Segundo Mota, o inquérito foi instaurado ontem e tem prazo de 30 dias para ser concluído.

Na noite desta segunda-feira, estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) pediram justiça pela morte da colega Camila Mirele e melhores condições de transporte no Grande Recife.

Os manifestantes fecharam as três faixas da BR-101, na Cidade Universitária, onde o acidente ocorreu, e depois saíram em caminhada à reitoria. Parentes de Camila participaram do início do ato.

No domingo, a família de Camila anunciou que vai acionar a Metropolitana na Justiça. Na segunda-feira, a empresa se pronunciou oficialmente pela primeira vez desde o acidente. Em nota, disse que “lamenta profundamente o ocorrido com a usuária” e que “está à disposição para apoiar a família”.

A empresa acrescentou que continuará contribuindo para o esclarecimento dos fatos junto às autoridades competentes e que seus funcionários em nenhum momento se evadiram do local do acidente.

O Grande Recife também enviou uma nota, na qual afirma que “está acompanhando de perto as investigações e se pronunciará a partir dos resultados dos órgãos competentes”. O órgão acrescentou que o ônibus envolvido no caso é novo, ano 2015, está com a vistoria em dia e com todos os itens de segurança dentro das normas legais.

Relembre o caso

O acidente com Camila Mirele Pires da Silva aconteceu por volta das 18h35, uma parada após o embarque da jovem no ônibus Barro/Macaxeira, da Empresa Metropolitana. "A gente estava esperando o ônibus e ele veio muito lotado, como sempre vem nesse horário. Eu subi com meus amigos e ela veio por último. Entramos pela porta do meio porque estava realmente bem cheio, não era dos (veículos) articulados", contou Barbara Lima. De acordo com a testemunha, a bolsa de Camila teria ficado presa na porta e por isso a estudante acabou seguindo viagem encostada na porta. "O motorista não quis parar na parada seguinte, que é a da Casa do Estudante, porque estava muito cheio. Ele foi um pouquinho mais adiante e abriu a porta ainda com o ônibus em movimento. Foi nessa hora que ouvimos um barulho. Ela já tinha caído", detalhou.

Diario de Pernambuco  


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