BRASIL

Revista NORDESTE: greve e saúde deficiente no RN

Número de Hospitais SUS: 180

Expectativa de Vida ao nascer: 75,2

Mortalidade Infantil: 16,1

A situação dos serviços públicos de Saúde no Rio Grande do Norte não está fácil e não é de hoje. Ameaças de greves por parte dos médicos acontecem todos os anos. A última paralisação da categoria aconteceu em junho e foi encerrada mais de um mês depois em um acordo no dia 29 de julho. Apesar disso, os médicos continuam se organizando para protestar contra o Governo do Estado e também contra as medidas tomadas pelo Governo Federal.


Em abril deste ano, o secretário de Saúde do Estado, o médico José Ricardo Lagreca, chegou colocar seu cargo à disposição do governador Robinson Faria. A saída foi realizada em uma decisão conjunta entre toda a equipe do médico. Além disso, o governador alegou, na época, que não sabia o que estava acontecendo.


É sempre difícil avaliar discursos de deputados estaduais quando estes fazem oposição ao governo do Estado, mas vale ressaltar que a tribuna da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte tronou-se um espaço de críticas à Saúde. O deputado Kelps Lima (SDD) pediu uma mobilização pela Saúde e ainda destacou que a alta violência que toma conta do Estado vai encher mais ainda os corredores dos hospitais.


Mas nem tudo está ruim para os potiguares. Divulgado no última dia 2 de agosto, o Estudo de Caso do Programa Mais Médicos no Rio Grande do Norte mostrou que a presença de médicos estrangeiros resultou em um fortalecimento do atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde.


A pesquisa produzida pela Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil foi realizada em quatro municípios de pequeno porte (Jardim do Seridó, Riacho de Santana, Venha Ver e Vera Cruz), todos com baixo Índice de Desenvolvimento Humano. Os quatro municípios são exclusivamente atendidos pelo programa Mais Médicos. “Por meio de entrevistas com gestores, profissionais de saúde, pacientes e outros usuários do SUS, foi possível concluir que a presença dos profissionais cooperados do Mais Médicos ampliou e fortaleceu o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde dos quatro municípios pesquisados”, afirma Renato Tasca, coordenador do Mais Médicos na OPAS/OMS.


Segundo o estudo, o programa aporta no Rio Grande do Norte 264 médicos, sendo 185 cooperados (cubanos) e 79 brasileiros e intercambistas – ou seja, 70% são médicos de Cuba vinculados ao programa de cooperação internacional triangulado pela OPAS/OMS Brasil. Esses profissionais estão distribuídos em 101 dos 167 municípios do estado e representam mais de um quarto do total de profissionais vinculados à Estratégia de Saúde da Família no Rio Grande do Norte.
 


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